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Fig. 4 -

Glossina morsitans morsitans

(Diptera, Glossinidae). Fotografia de Maria Odete Afonso e António Paulo

Almeida (IHMT).

Contrariamente aos flebótomos, as glossinas são

exclusivamente hematófagas; ambos os sexos

podem ser vetores de tripanossomas humanos e/ou

animais. As espécies e subespécies pertencentes ao

grupo

palpalis

ou subgénero

Nemorhina

distribuem-se fundamentalmente por zonas de

elevada humidade da África Ocidental e Central

(Figura 5), assim como as pertencentes ao grupo

fusca

ou subgénero

Austenina

. As do grupo

morsitans

ou subgénero

Glossina

s. str. ocupam,

predominantemente, áreas de savana e/ou bosque e

zonas de floresta aberta da África Oriental.

Fig. 5 - Região de Quinara, Guiné-Bissau. Armadilha piramidal para captura de glossinas. Fotografia cedida

por Badjana (2004).

Morfologicamente, os adultos são moscas

alongadas, bastante quitinizadas, de cor castanha, e

de comprimento entre 6 a 16 mm. As antenas

apresentam o 3º segmento alongado e uma arista

cuja face dorsal tem sedas secundariamente

ramificadas. Nas asas, as 4ª e 5ª nervuras delimitam

uma célula, ou malha, em forma de machado,

característica do género

Glossina

. Os machos e as

fêmeas distinguem-se através das genitálias ou

terminálias. Em relação ao ciclo de vida, os imagos

apresentam vida aérea e as larvas LIII e as pupas

(Figura 6) uma vida terrestre. O mecanismo de

viviparidade adenotrófica, existente nas glossinas,

deve-se ao facto da fecundação do ovo e a

alimentação e desenvolvimento larvares se

processarem no interior do útero.