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S38

modelo de intercâmbio

(modelo C) assenta no prin-

cípio das parcerias, com os pesquisadores e utilizadores a

trabalhar conjuntamente tendo em vista benefícios mútuos.

Estas parcerias são variáveis no tempo, podem ocorrer em

qualquer momento do processo de pesquisa e envolver co-

laboração em projetos de pesquisa ou criação de sistemas

de conhecimento (e.g. bases de dados). O

modelo inte-

grado

(modelo D) adota uma Plataforma de Translação de

Conhecimento – que é uma instituição de nível nacional ou

regional que promove ligações e intercâmbios através do

sistema de saúde. Isto é, trabalha no sen-

tido de ligar as necessidades do processo

político com as ferramentas da pesquisa e

incentivar o diálogo público, promovendo

a compreensão dos processos de pesquisa

e da evidência. E pode trabalhar no senti-

do de criar uma base de conhecimento de

fácil utilização, convocar reuniões e diálo-

gos, e oferecer cursos de capacitação.

O

Canadian Institute of Health Research

(CIHR) (2005) apresentou uma propos-

ta de um modelo global de translação do

conhecimento, que se insere num tipo de

modelo “práticas baseadas em evidência”.

O modelo é baseado num ciclo de inves-

tigação, no qual poderiam ocorrer as in-

terações, comunicações e parcerias, faci-

litadoras da translação do conhecimento e

que inclui as seguintes seis oportunidades:

KT1: Definição de questões de pesquisa e

metodologias;

KT2: Realização de pesquisas (ex.

pesqui-

sa participativa

);

KT3: Publicação de resultados de Inves-

tigação em

linguagem

simples e for-

matos acessíveis;

KT4: Colocar os resultados da investiga-

ção no contexto (normas socioculturais);

KT5: Decisões e ações com base nos

resultados da investigação;

KT6: Influência em pesquisa posterior

com base nos impactos da utilização de

conhecimento.

Na figura 3 está representado o ciclo de

pesquisa (CIHR, 2005) com a sobrepo-

sição das seis oportunidades facilitadoras

da translação do conhecimento.

Um outro tipo de modelo de translação

de conhecimento é “focado no contexto”.

Na figura 4 apresentamos um exemplo,

um modelo iterativo, atualizado com

base em muitas pesquisas (nomeada-

mente Hogan & Logan, 2004; Logan,

Harrison, Graham, Dunn, & Bissonnette,

1999; Stacey, Pomey, O’Conner, & Gra-

ham, 2006 cit in Sudsawad 2007).

Este modelo incide sobre a aplicação de conhecimentos de

investigação existente (com base nas KT4 e KT5 apresen-

tadas no modelo de translação de conhecimento do CIHR,

apresentado na Figura 3) e tem 6 elementos fundamentais:

Inovação baseada em evidências; Potenciais barreiras; O am-

biente de prática; Estratégias de implementação de inter-

venções; Adoção da inovação; Os resultados decorrentes da

implementação da inovação.

Figura 3.

Ciclo de pesquisa (CIHR), incluindo as seis oportunidades facilitadoras da translação

do conhecimentos

Figura 4.

Modelo de utilização da pesquisa de Ottawa

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Um outro tipo de modelo de translação de conhecimento é “focado no contexto”. Na figura 4

apresentamos um exemplo, um modelo iterativo, actualizado com base em muitas pesquisas

(nomeadamente Hogan & Logan, 2004; Logan, Harrison, Graham, Dunn, & Bissonnette, 1999;

Stacey, Pomey, O’Conner, & Graham, 2006 cit in Sudsawad 2007).

Este modelo incide sobre a aplicação de conhecimentos de investigação existente (com base

nas KT4 e KT5 apresentadas no modelo de translação de conhecimento do CIHR, apresentado

na Figura 3), e tem 6 elementos fundamentais: Inovação baseada em evidências; Potenciais

barreiras; O ambiente de prática; Estratégias de implementação de intervenções; Adopção da

inovação; Os resultados decorrentes da implementação da inovação.

Figura 3: Ciclo de pesquisa (CIHR), incluindo as seis oportunidades facilitadores da translação

do conhecimento

Adaptado de Sudsawad, P. (2007).

Publicações

Impactos

Contextualiza

ção do

conhecimento

Aplicação do

conhecimento

Pesquisadores

Conhecimento

Utilizadores

Questões

&

Métodos

Resultados

da Pesquisa

Conhecimento

Global

Definir questões

de pesquisa e

métodos

Realizar pesquisa

(participativa)

Publicar em

linguagem simples e

formatos acessíveis

Colocar a pesquisa no

contexto de outro

conhecimento e

outras normas

socioculturais

Influenciar novas

pesquisas com base nos

impactos da utilização

do conhecimento

Tomar decisões e

acções com base nos

resultados das

pesquisas

KT1

KT2

KT3

KT4

KT5

KT6

O modelo de Conhecimento para a Acção (

Knowledge to action - KTA

) do CIRH (2005) tem dois

componentes chave: a) criação de conhecimento e b) aplicação do conhecimento, como está

apresentado abaixo na Figura 5.

Figura 4: O modelo de utilização da pesquisa de Ottawa

Avaliar barr iras e

facilitadores

Monitorizar intervenção e grau de

utilização

Avaliar

resultados

Inovação baseada em

evidência

- processo de

desenvolvime to

- atributos de inovação

Potenci is utilizadores

- compreensão

- atitudes

- conhecimento/competências

- preocupações

- práticas correntes

Ambiente de práticas

- pacientes

- cultural / social

- estrutural

- económico

- eventos imprevistos

Estratégias de

implementação

intervenção

- gestão das barreiras

- transferência

- follow-up

Adopção

- intenção

- utilização

Resultados

- pacientes

- prestadores

- sistema

Desenvolvido por Logan and Graham, 1998. The Ottawa Model of Research Use (OMRU)

Figura 5: Modelo de conhecimento para a acção

CRIAÇÃO DE CONHECIMENTO

Investigação

de conhecimento

Síntese

Produtos |

Ferramentas

Monitorizar a utilização de conhecimento

Selecionar, adaptar,

implementar intervenções

Avaliar barreiras

para a utilização de

conhecimento

Avaliar resultados

Gestão, meta-avaliação e redes de conhecimento