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S37

Suplemento dos Anais do IHMT

des diferentes; h) o foco é o conhecimento baseado em evi-

dência, mas pode incorporar outros tipos de conhecimento;

depende do contexto e dos utilizadores e tem como pressu-

posto ter impacto (Susawad, 2007).

O processo de translação do conhecimento é complexo,

devido ao envolvimento de uma variedade de actores, me-

canismos, estruturas e fatores que se constituem como faci-

litadores e outros como barreiras em todo o processo como

ilustrado na Figura 1.

3. Os modelos de translação

de conhecimentos

Embora o conceito de translação do conhecimento exista há

décadas, foi desde a Cimeira de Ministros da Saúde, na Cida-

de do México, em 2004, que se focou pela primeira vez a di-

mensão do “know-do gap”, deixando evidente a necessidade

de agir sobre os processos de translação dos conhecimentos

produzidos. E a questão impõe-se: numa era em que nós sa-

bemos tanto, porque é que aplicamos tão pouco? (Bennett

and Jessani, 2011).

A resposta a esta questão condu-

ziu à identificação de três princí-

pios fundamentais de translação

de conhecimento:

1) Conhecimento - porque os

esforços de translação do co-

nhecimento, em qualquer nível,

dependem de uma base de co-

nhecimento robusta, acessível e

contextualizada.

2) Diálogo - na medida em que

as relações no centro da transla-

ção do conhecimento só podem

ser sustentáveis através de diálo-

go e intercâmbio regulares.

3) Capacidade - que é exigida

a investigadores, decisores e

outros utilizadores da investi-

gação (gestores, profissionais,

etc.) porque necessitam de re-

forçar competências para criar

e responder às oportunidades

de translação do conhecimento

(Bennett and Jessani, 2011).

Segundo Lavis e colegas (2006)

existem quatro modelos de

translação de conhecimen-

to -

push, pull

, de intercâmbio

e integrados (Figura 2). No

modelo

push

(modelo A) o

produtor do conhecimento é

o principal motor de mudança,

usando ferramentas atrativas

como sínteses e

policy-briefs

,

que tornam os resultados de

pesquisa mais acessíveis. No

modelo

pull

(modelo B)

a

relação pesquisador-utilizador

transforma-se no principal mo-

tor de ação. Ou seja, os deci-

sores pedem a informação e

evidência que pensam ser mais

úteis à tomada de decisão. O

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Figura 1: Processo de translação do conhecimento – interacção actores, mecanismos e

estruturas

3. Os modelos de translação de conhecimentos

Embora o conceito de translação do conhecimento exista há décadas, foi desde a Cimeira de

Ministros da Saúde, na Cidade do México, em 2004, que se focou pela primeira vez a dimensão

do "know-do gap“, deixando evidente a necessidade de agir sobre os processos de translação

dos conhecimentos produzidos. E a questão impõe-se: numa era em que nós sabemos tanto,

porque é que aplicamos tão pouco? (Bennett and Jessani, 2011).

A resposta a esta questão conduziu à identificação de três princípios fundamentais de

translação de conhecimento:

1) Conhecimento, porque os esforços de translação do conhecimento, em qualquer nível,

dependem de uma base de conhecimento robusta, acessível e contextualizada.

2) Diálogo, na medida em que as relações no centro da translação do conhecimento só podem

ser sustentáveis através de diálogo e intercâmbio regulares.

Facilitadores/ barreiras

Actores

(:)

Mecanismos

Estruturas

Figura 1.

Processo de translação do conhecimento – interação atores, mecanismos e estruturas

Figura 2.

Modelos deTranslação de conhecimento