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Suplemento dos Anais do IHMT
des diferentes; h) o foco é o conhecimento baseado em evi-
dência, mas pode incorporar outros tipos de conhecimento;
depende do contexto e dos utilizadores e tem como pressu-
posto ter impacto (Susawad, 2007).
O processo de translação do conhecimento é complexo,
devido ao envolvimento de uma variedade de actores, me-
canismos, estruturas e fatores que se constituem como faci-
litadores e outros como barreiras em todo o processo como
ilustrado na Figura 1.
3. Os modelos de translação
de conhecimentos
Embora o conceito de translação do conhecimento exista há
décadas, foi desde a Cimeira de Ministros da Saúde, na Cida-
de do México, em 2004, que se focou pela primeira vez a di-
mensão do “know-do gap”, deixando evidente a necessidade
de agir sobre os processos de translação dos conhecimentos
produzidos. E a questão impõe-se: numa era em que nós sa-
bemos tanto, porque é que aplicamos tão pouco? (Bennett
and Jessani, 2011).
A resposta a esta questão condu-
ziu à identificação de três princí-
pios fundamentais de translação
de conhecimento:
1) Conhecimento - porque os
esforços de translação do co-
nhecimento, em qualquer nível,
dependem de uma base de co-
nhecimento robusta, acessível e
contextualizada.
2) Diálogo - na medida em que
as relações no centro da transla-
ção do conhecimento só podem
ser sustentáveis através de diálo-
go e intercâmbio regulares.
3) Capacidade - que é exigida
a investigadores, decisores e
outros utilizadores da investi-
gação (gestores, profissionais,
etc.) porque necessitam de re-
forçar competências para criar
e responder às oportunidades
de translação do conhecimento
(Bennett and Jessani, 2011).
Segundo Lavis e colegas (2006)
existem quatro modelos de
translação de conhecimen-
to -
push, pull
, de intercâmbio
e integrados (Figura 2). No
modelo
push
(modelo A) o
produtor do conhecimento é
o principal motor de mudança,
usando ferramentas atrativas
como sínteses e
policy-briefs
,
que tornam os resultados de
pesquisa mais acessíveis. No
modelo
pull
(modelo B)
a
relação pesquisador-utilizador
transforma-se no principal mo-
tor de ação. Ou seja, os deci-
sores pedem a informação e
evidência que pensam ser mais
úteis à tomada de decisão. O
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Figura 1: Processo de translação do conhecimento – interacção actores, mecanismos e
estruturas
3. Os modelos de translação de conhecimentos
Embora o conceito de translação do conhecimento exista há décadas, foi desde a Cimeira de
Ministros da Saúde, na Cidade do México, em 2004, que se focou pela primeira vez a dimensão
do "know-do gap“, deixando evidente a necessidade de agir sobre os processos de translação
dos conhecimentos produzidos. E a questão impõe-se: numa era em que nós sabemos tanto,
porque é que aplicamos tão pouco? (Bennett and Jessani, 2011).
A resposta a esta questão conduziu à identificação de três princípios fundamentais de
translação de conhecimento:
1) Conhecimento, porque os esforços de translação do conhecimento, em qualquer nível,
dependem de uma base de conhecimento robusta, acessível e contextualizada.
2) Diálogo, na medida em que as relações no centro da translação do conhecimento só podem
ser sustentáveis através de diálogo e intercâmbio regulares.
Facilitadores/ barreiras
Actores
(:)
Mecanismos
Estruturas
Figura 1.
Processo de translação do conhecimento – interação atores, mecanismos e estruturas
Figura 2.
Modelos deTranslação de conhecimento