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S26

Artigo Original

dos respectivos países, bem como pelo contexto político, social e

epidemiológico global, é importante destacar duas importantes

condicionantes que serviram de base para as formulações para

o novo PECS: a saúde na Agenda do Desenvolvimento 2030

das Nações Unidas e dos Estados membros e a crise sanitária

global, caracterizada pela sucessão de eventos emergentes e re-

-emergentes, com os episódios de gripe aviária e suína, síndro-

me respiratória aguda grave (SARS), Ébola e, recentemente, das

arboviroses, incluindo Dengue, Zika vírus e Chikungunya; pelo

impacto crescente das doenças não transmissíveis e fenómenos

como a violência; e pelos entraves críticos na garantia de acesso

aos serviços de saúde. Foram, portanto, essas demandas, resul-

tantes da Agenda de Desenvolvimento e da crise sanitária, que

serviram de base para as definições programáticas do Plano con-

junto das Redes para o período 2017-2020.

Nesse sentido, foram definidos quatro eixos estratégicos de cará-

ter operativo: (1) fortalecimento e articulação estratégica, opera-

cional e institucional das Redes Estruturantes, no qual estão pre-

vistas, entre outras atividades, missões conjuntas das Redes aTi-

mor Leste, SãoTomé e Príncipe e Guiné Equatorial para apoiar a

criação, instalação e desenvolvimento das escolas e institutos; (2)

fortalecimento do papel das Redes no cumprimento dos ODS,

com a realização de oficinas de trabalho para elaboração de pro-

jetos conjuntos com esse marco; (3) comunicação, informação e

visibilidade, no qual se pactuou a criação de um comité editorial

responsável por fomentar e orientar as publicações pedagógicas

e científicas, e a ligação à Rede Universitária deTelemedicina do

Brasil, criando condições de acesso à banda larga aos membros

das Redes; e (4) governança, no qual foram propostas articula-

ções para constituição de redes nacionais e a definição de me-

canismos de monitorização e avaliação das atividades das Redes.

No último eixo, pactuou-se um conjunto de iniciativas para en-

frentar a questão da sustentabilidade financeira do PECS e de

suas Redes, ficando definido que a captação de novas contribui-

ções para o Fundo Setorial da Saúde será orientada pela identifi-

cação de oportunidades pelo gabinete de projetos do IHMT, por

candidaturas conjuntas a financiamentos internacionais, e pelo

reforço da dotação orçamental por parte dos Estados membros.

Também foram previstas outras iniciativas que se relacionam di-

retamente com as Redes: o reforço para instalação da Rede de

CentrosTécnicos de Instalação e Manutenção de Equipamentos

(CTIME), a necessidade de desenvolvimento das redes nacionais

de apoio ao desenvolvimento do ensino médico (Rede de Esco-

las Médicas), a implementação da estratégia de telesaúde para a

CPLP, e a articulação entre as redes de investigação e desenvol-

vimento (RIDES) com as redes estruturantes, em especial com

a RINSP.

Com todos esses desafios e pactuações, as Redes Estruturantes

reposicionam-se dentro do novo ciclo do PECS-CPLP para for-

talecer ainda mais a sua missão de estruturação de instituições e

modos de produção em saúde que contribuam para o fortaleci-

mento de sistemas de saúde de qualidade nos países da Comu-

nidade e para a garantia do acesso universal a sistemas de saúde

integrais e equitativos, atributos imprescindíveis a compromissos

democráticos dos governos dos países da CPLP com suas popu-

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