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S25

Plano Estratégico de Cooperação em Saúde na CPLP

27 alunos, de uma turma composta por professores e dirigentes

de instituições públicas de formação de técnicos em saúde, de

Angola, Cabo Verde, Guiné Bissau, Moçambique e São Tomé e

Príncipe.

A área de comunicação, disseminação de conhecimento e parti-

lha de experiências entre os membros da Rede, bem como entre

a Rede e o público emgeral, também se temmostrado de grande

importância, com a publicação de conteúdos relevantes tanto na

‘Revista RETS’ quanto no

website

da RETS

7

e nas redes sociais.

Mais recentemente, também foram lançados os SemináriosVir-

tuais da RETS

8

, com transmissão on-line de palestras sobre temas

relacionados com a formação e o trabalho dos técnicos em saúde,

cujos vídeos permanecem disponíveis no canalYouTube da Rede.

No que se refere ao fortalecimento da infraestrutura das ETS,

houve envio de kits multimídia e um conjunto de livros para am-

pliação do acervo das bibliotecas.

Na‘ReuniãoTécnica paraAvaliação do PECS’, realizada em 2013

[18], a RETS-CPLP teve reconhecido “grau apreciável de exe-

cução”. Esse reconhecimento da Rede como um importante e

estratégico instrumento de governança para a cooperação na área

de formação e desenvolvimento da força de trabalho em saúde

para os países, bem como do seu apoio à estruturação das suas

instituições formadoras que a constituem, também tem sido ver-

balizado pelos membros da RETS-CPLP nas suas reuniões.

Na plenária da 3ª Reunião Ordinária da RETS-CPLP, realizada na

sede da CPLP,na cidade de Lisboa,em1 demarço de 2016,e arti-

culada comas reuniões das demais redes estruturantes e iniciativas

do PECS, ficou claro que, apesar dos bons resultados alcançados,

há umconjunto de limites, cuja superação é fundamental para que

a Rede possa ampliar e aprimorar sua atuação. Essa reunião, que

ocorreu no contexto da reformulação do PECS para o exercício

de 2017-2020, destacou, como principais limites e desafios a se-

rem superados: a precariedade de acesso às tecnologias de infor-

mação e comunicação (TICs) em alguns dos países membros, o

que dificulta a comunicação e articulação entre membros, bem

como a realização de ações formativas; as tensões entre o trabalho

horizontal da rede e a articulação vertical gestora dentro da rede

interna de instituições de alguns países; a necessidade de melhor

caracterização das responsabilidades dos pontos focais da rede

para a continuidade do trabalho realizado; e, sobretudo, a susten-

tabilidade e financiamento do PECS e das suas Redes.

OPlano deTrabalho da Rede foi revisto para atender a nova etapa

do PECS, articulando as ações e compromisso ao cumprimen-

to das ODS e da Agenda do Desenvolvimento 2030 das Nações

Unidas. Reafirmou-se a necessidade de ampliação da capacidade

instalada das escolas no que se refere às bibliotecas, laboratórios,

eTICs; pactuou-se a realização de um amplo levantamento dos

aspetos legais e operacionais no mundo do trabalho, e da oferta

qualitativa e quantitativa da formação e de trabalhadores técnicos

em saúde. Além disso, foi proposta a ampliação da Rede, com

uma aproximação efetiva comTimor Leste e a Guiné Equatorial,

assim como uma articulação estratégica e operacional com as

demais redes estruturantes (RINSP e RESP) e outras iniciativas

do PECS, como a Rede de CentrosTécnicos de Instalação e Ma-

nutenção de Equipamentos (CTIME).Também foi expressa pre-

mência de fortalecer a comunicação e interatividade no âmbito

da Rede, com incorporação e uso de tecnologias educacionais e

dasTICs.Ademais, considerou-se a necessidade de se iniciar um

processo de fortalecimento da regulação dos aspetos relativos

à mobilidade e circulação de profissionais de saúde, estudantes

e professores, bem como de alinhar as agendas bilaterais com a

agenda multilateral do PECS. A promoção de um debate apro-

fundado sobre o modelo de governança da RETS-CPLP, com

apoio a criação de redes nacionais de instituições formadoras e

estudos comparados de organizações em rede, foi definida como

um dos temas centrais da próxima reunião da RETS.

Outro importante desafio, que exigirá reflexões ampliadas para

a próxima etapa do PECS e poderá reorientar as estratégias de

cooperação internacional no âmbito da CPLP, está relacionado

com a pertinência ou não de se criar uma única rede, em lugar

da RETS e da RESP, que englobe em seu escopo todas as insti-

tuições nacionais de formação de quadros para a saúde pública,

independentemente do seu nível de formação académica e que

possa apoiar a organização das capacidades formativas já existen-

tes e a serem desenvolvidas nos países.

Considerações finais e perspetivas para as

Redes Estruturantes para o próximo ciclo

do PECS-CPLP (2017-2020)

O PECS-CPLP iniciado em 2009 teve sua vigência prorrogada

pelos ministros da Comunidade até 2016. Sendo assim, a orga-

nização, reformulação e execução do novo PECS para o período

de 2017-2020 apresenta-se como desafio e oportunidade para o

fortalecimento das Redes Estruturantes, principais instrumentos

de operacionalização do Plano.

As reuniões técnicas convocadas pelo Secretariado Executivo

da CPLP, visando à construção de aportes para a formulação do

novo Plano, propiciaram a construção de uma metodologia de

trabalho capaz de garantir maior integração estratégica e opera-

cional entre a RINSP, RETS e RESP.A reunião conjunta das três

Redes ajudou a identificar desafios e atividades comuns, expres-

sos num Plano de Ação conjunto das Redes e em propostas de

ação para compor o novo PECS [13]. Os Planos específicos de

cada Rede, por outro lado,mantiveram as funções indelegáveis e

imprescindíveis outorgadas a cada uma das suas instituições com-

ponentes pelas suas respectivas máximas autoridades nacionais e

comunitárias, também harmonizadas com todos os componen-

tes do novo PECS.

Como os programas e as respectivas atividades de ensino, pes-

quisa e apoio técnico-científico das Redes aos sistemas de saúde

são condicionados pela realidade sócio-sanitária e institucional

7 -

http://www.rets.epsjv.fiocruz.br.

8 - No 1º SeminárioVirtual da RETS, realizado no dia 20 de maio de 2015, a profes-

sora Ana Lúcia Pontes apresentou o tema a ‘Perspectiva intercultural na formação

deTécnicos em Saúde’. No 2º Seminário, ocorrido no dia 9 de julho do mesmo ano,

a professora Grácia Gondim falou sobre 'Vigilância em saúde e Atenção Primária: o

território e as práticas locais'.