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Fig. 1 - Estrutura da população de

L. infantum

emdiferentes focos endémicos da região mediterrânica, com

base na aplicação de 14 marcadores de microssatélites em 141 estirpes. Os gráficos indicam a proporção

das populações parasitárias nas respetivas áreas geográficas. Cada cor representa uma população (Fonte:

Kuhls

et al

., 2008).

Tendo em conta a emergência e/ou reemergência

desta parasitose, ocorrida nos últimos anos devido

a uma multiplicidade de fatores, de entre os quais

se destacam as modificações ambientais, as

condições socioeconómicas, VIH/sida e a

resistência dos parasitas e dos vetores aos fármacos

e inseticidas em uso, o estudo desta zoonose

continua a ser uma prioridade. Diferentes linhas de

investigação são presentemente exploradas,

passando pela epidemiologia molecular e

diversidade parasitária, estudos epidemiológicos

vetoriais, interação parasita-hospedeiro-flebótomo,

avaliação de novos métodos de diagnóstico e da

eficácia de fármacos e de produtos candidatos à

terapêutica e imunoprofilaxia em modelos

experimentais. Muitas destas vertentes estão a ser

estudadas na Unidade de Ensino e Envestigação de

Parasitologia Médica do IHMT, em colaboração

com universidades e institutos de investigação da

Europa, Próximo Oriente, Norte de África e

América do Sul, no âmbito de projetos e redes de

investigação e ensino.

De modo a desenvolver colaboração estreita

entre os profissionais de saúde, médicos, médicos

veterinários e investigadores, foi criado, em 2008,

o Observatório Nacional das Leishmanioses

(ONLeish;

www.onleish.org)

, sendo um dos

objetivos do ONLeish a criação e manutenção de

uma rede de vigilância epidemiológica da

leishmaniose canina (LEISHnet) e humana. São

ainda objetivos dos investigadores do IHMT

continuar a desenvolver atividades que promovam

a vigilância e o controlo desta parasitose,

contribuindo para redução significativa e

sustentável

da

prevalência/incidência

das

leishmanioses canina e humana.

AGRADECIMENTOS

CM e SC são bolseiras da FCT/MEC. O trabalho

no laboratório dos autores é apoiado por projetos

financiados pela FCT e pela União Europeia.