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Respostas no país, afirmando-se Portugal como um

destino de excelência para o tratamento de

determinadas patologias, com uma oferta

transversal, decorrente de parcerias, protocolos e

acordos público-privados, e também através do

desenvolvimento de polos empresariais com a

presença de universidades e de centros de

investigação;

Respostas do país, afirmando-se igualmente

Portugal como um emissor de bens e serviços (em

sentido lato) para o exterior e, desde logo, para a

CPLP, contrariando, nalgumas áreas, o fluxo

histórico existente e potenciando, noutras áreas,

oportunidades que se perspetivam.

O desenvolvimento das respostas no país passa por:

- Consolidação da credibilidade e da

competitividade do nosso sistema nacional de

saúde, nas suas múltiplas vertentes, desde o

diagnóstico até à intervenção de elevada

diferenciação técnica;

- Inovação com criação do produto “turismo de

saúde”, destacando-se a vertente do turismo

médico, complementado por serviços associados

ao bem-estar e ao termalismo;

- Estruturação do

cluster

da saúde com vista,

desde logo, ao reforço dos excelentes resultados em

termos de exportação da nossa indústria, assim

como ao alargamento da sua oferta e ao

crescimento dos mercados externos.

Acreditamos que, de forma integrada e

transversal, o

cluster

da saúde português será,

seguramente, um motor de crescimento da

economia e do desenvolvimento social do país,

desafio esse que deverá sustentar o seu sucesso na

articulação e na cooperação entre os setores

público e privado, com ênfase nos seus recursos

humanos e com o envolvimento de investidores.

Falo aqui de um

cluster

de saúde que tenha, como

atividades principais, os cuidados de saúde, o setor

farmacêutico, os dispositivos médicos e os

consumíveis e os meios de diagnóstico e

terapêutica, mas que assuma a existência, no

mesmo, de centros de investigação e

desenvolvimento,

universidades,

polos

tecnológicos, serviços partilhados, distribuição,

retalho, tecnologias de informação, indústria

química e serviços, desde a arquitetura até à

economia da saúde, passando pela engenharia e

construção civil.

Segue, agora, uma nota para os serviços que, em

regra, não são contemplados nas definições de

cadeia de valor da saúde e, em minha opinião,

erradamente, conquanto temos hoje, em várias

partes do mundo, arquitetos a projetarem edifícios

de saúde, engenheiros a elaborarem projetos de

especialidade, economistas a elaborarem projetos

de viabilidade e de financiamento de unidades e

sistemas de saúde, e empresas de construção civil,

agregando equipamentos e mobiliário, a

construírem edifícios da área da saúde. Eis valores

que ainda não estão quantificados e

know-how

que

ainda não está integrado na estratégia de

internacionalização da saúde, o que significa que as

sinergias daí decorrentes podem proporcionar

novos e maiores negócios para os

players

a jusante,

considerando que estas empresas e técnicos estão a

montante das necessidades decorrentes dessas

infraestruturas ou reestruturações de sistemas de

saúde.

No plano da consolidação e inovação, é de

registar o trabalho do Ministério da Saúde com o

Ministério da Economia e do Emprego,

designadamente, com a Secretaria de Estado do

Turismo, para a elaboração de medidas, ações e

atividades que, rapidamente, permitam promover

Portugal como um destino de referência para o

turismo de saúde. Recentemente, foi assinado um

despacho

conjunto,

que

conferiu

a

responsabilidade da elaboração de um plano de

ação a um grupo de trabalho, constituído por

representantes dos Gabinetes doMinistro da Saúde

e da Secretária de Estado do Turismo, da Direção-

Geral da Saúde, da Administração do Sistema

Central de Saúde, do Turismo de Portugal, da

Confederação do Turismo Português, do

Health

Cluster

Portugal e da

Medical Tourism

Association

-Portugal. Este grupo irá sistematizar

um trabalho que decorre há alguns meses,

contribuindo, assim, para estruturação do produto

turismo de saúde de forma a que o mesmo seja

capaz de gerar fluxos turísticos na vertente médica,

termal e de bem-estar, sobretudo na média e baixa

estação.

As suas prioridades imediatas contemplam:

Identificação das valências e serviços médicos que

contribuam para a internacionalização da cadeia de

valor da saúde e, simultaneamente, potenciem a

utilização de serviços turísticos;

Formatação de produtos qualificados de acordo

com as melhores práticas internacionais, que sejam

diferenciadores e competitivos face a destinos

concorrentes;

Proposta de adequação do quadro legal nacional

face aos parâmetros e requisitos internacionais;

Identificação dos agentes internacionais relevantes

na distribuição e comercialização;

Identificação dos mercados alvo e elaboração de

uma proposta de promoção que consolide um

branding

de destino agregador;