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desses, 13 mostraram mutações de resistência, sendo 10 resistentes a 2

classes de ARV, NITR e NNITR, 2 a NNITR e 1 a NITR. Os restantes 6 doentes

deste grupo eram aparentemente susceptíveis às 3 classes de ARV.

Actualmente, estão em seguimento 58% dos doentes (176/300), 26 % (77/300)

perderam-se no seguimento e 16% (47/300) faleceram.

O estudo realizado salienta a fase tardia da chegada aos cuidados médicos;

mostra a tuberculose como doença indicadora mais frequente e mostra que a

maioria dos doentes foi medicada com D4T+3TC+NVP. Os critérios de sucesso

terapêutico descem ao longo do estudo de 71% para 62%. Indica a

necessidade de acções urgentes para acesso mais precoce aos cuidados de

saúde e intervenção social para ultrapassar as limitações à adesão à TARVc e

tornar esta mais eficaz. As opções de segunda linha já disponíveis são muito

reduzidas (tenofovir, lopinavir potenciado com ritonavir e saquinavir), havendo

necessidade de continuar estes estudos para uma avaliação mais profunda da

eficácia destas terapêuticas.

AGUIAR, Pedro Vargues de (2010) Factores de prognóstico do

resultado do tratamento de doentes com Síndrome de

Dependência do Álcool: estudo de coorte prospectivo de 6 meses,

Dissertação de Doutoramento no ramo de Saúde e Internacional,

especialidade de Políticas de Saúde e Desenvolvimento. IHMT.

Lisboa.

Resumo

: Factores de prognóstico do resultado do tratamento de doentes com

Síndrome de Dependência do Álcool: estudo coorte prospectivo de 6 meses

Introdução:

Uma das questões fundamentais para as políticas de saúde

relacionadas com o tratamento e reabilitação de doentes com dependência de

álcool, é identificar factores de prognóstico num curto prazo de tratamento

ambulatório, de modo a se poderem optimizar as decisões de tratamento dos

doentes. Assim, este estudo teve como objectivo identificar factores de

prognóstico na admissão ao tratamento e factores de prognóstico durante o

período de tratamento ambulatório.

Materiais e métodos:

Estudo observacional coorte de doentes com

dependência de álcool observados num período de 6 meses de tratamento

ambulatório. O estudo consistiu numa amostra de 209 doentes incluídos no

estudo de acordo com os critérios do

Diagnostic and Statistical Manual of

Mental Disorders

versão IV, tendo sido recolhida no Centro de Alcoologia do

Sul (n=194) e no Hospital Nossa Senhora do Rosário (n=15). 8 médicos

psiquiatras destes dois centros de tratamento foram responsáveis pelo

tratamento dos doentes. O doente ter um co-responsável que acompanhasse a

sua reabilitação e fizesse a supervisão da medicação para controlo do

consumo de álcool era condição absolutamente necessária para inclusão do

doente no estudo. Como factores de prognóstico foram medidos na admissão

ao tratamento factores sócio demográficos, a história de uso de outras

substâncias e indicadores de gravidade associados à história de consumo

excessivo de álcool. Durante os 6 meses de tratamento foram medidos factores

de prognóstico que respeitam os fármacos para controlo do consumo incluindo

Dissulfiram e Acamprosato, os factores associados aos aspectos não

farmacológicos do tratamento incluindo o número de consultas, os factores

associados às características do médico e finalmente os fármacos para