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pulegium
(amostras de Cabo Verde e Portugal respetivamente CL50= 136,1 e
107,3 μlL-1). Embora não se tenham registado diferenças altamente
significativas entre as plantas em estudo, é de salientar que as concentrações
necessárias para eliminar 50, 90 e 99% da população são menores quando se
aplica o OE de
F. vulgare.
Quanto ao
An. arabiensis
optou-se por avaliar
apenas o OE de
F. vulgare
, não tendo sido observadas diferenças significativas
comparativamente a
Ae. aegypti
. Os resultados de bioensaios com os
compostos ativos de ambas as espécies vegetais evidenciaram a existência de
efeitos sinergistas. Os adultos demonstraram maior sensibilidade ao OE de
F.
vulgare
de Cabo Verde. Este estudo permitiu uma caraterização química e
avaliação de atividade de plantas de regiões geográficas que ainda não tinham
sido estudadas com resultados bastante promissores.
SIMÕES, Maria Luísa (2014) – Hemozoin as na imune stimulant of
the mosquito Anopheles gambiae response against the malaria
parasite. Dissertação de Doutoramento no ramo de Ciências
Biomédicas, especialidade de Biologia Celular e Molecular. IHMT.
Lisboa.
Resumo: Hemozoína, um metabolito produzido por
Plasmodium
spp.
,
tem
surgido como um potente estimulador, activando o sistema imunitário do
hospedeiro e levando à produção de citocinas e quimiocinas em tecidos de
mamíferos. Neste estudo, desvendamos o papel deste subproduto do parasita
como estimulador da imunidade de
Anopheles gambiae
em resposta à infecção
por
Plasmodium berghei
. A malária é uma doença infecciosa de distribuição
mundial, causada por parasitas do género
Plasmodium
e transmitida pelas
fêmeas de mosquitos do género
Anopheles
. A resposta imunitária do mosquito
vector da malária contra o parasita envolve várias vias metabólicas que não se
encontram ainda bem caracterizadas. Resultados laboratoriais revelaram que a
hemozoína activa a expressão de vários genes da imunidade, incluindo
péptidos anti-microbianos e factores anti-
Plasmodium
. Destaca-se a indução,
após estimulação com hemozoína, da forma larga (REL2-F) do factor de
transcrição REL2, da via
Immune deficiency
(Imd). Estes resultados foram
confirmados pela estimulação de tecidos e células de
Anopheles gambiae
com
hemozoína sintética e silenciamento do gene que codifica REL2-F e do gene
que codifica o seu regulador negativo Caspar. Neste trabalho, mostrou-se pela
primeira vez o impacto do tratamento com hemozoína na infecção por
Plasmodium
: a hemozoína reduz eficientemente tanto a taxa como a
intensidade da infecção no mosquito. Propomos, assim, que a hemozoína
estimula a imunidade inata de
Anopheles
, activando a expressão de genes
efectores que tornam o mosquito mais resistente ao
Plasmodium,
e que esta
activação é mediada por REL2.
Após identificação de um conjunto de genes associados à imunidade induzidos
pela hemozoína, e de acordo com as propriedades da via Imd/REL2 sugeridas
pelos resultados obtidos, construímos uma linha de mosquitos
Anopheles
gambiae
geneticamente modificados
,
através da sobreexpressão do gene anti-
plasmódico
FBN9 (fibrinogen immunolectin 9)
, sob regulação de
Vitellogenin 1
,
um promotor específico do corpo gordo.