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AgTG2-

apresentam fortes sinais de seleção positiva, podendo estar envolvidos

no reconhecimento de organismos patogénicos, e por conseguinte envolvidos

numa resposta contra a infeção.

Por fim, este trabalho permitiu concluir que na Guiné Equatorial continental

existem as quatro espécies de

Plasmodium

, incluindo a espécie

P. vivax

que

até à data não estava descrita no país. Foi encontrada uma elevada

prevalência de mutações associadas à resistência à sulfadoxina-pirimetamina,

pelo que se recomenda uma contínua monitorização destas mutações. Por fim

constatou-se que os genes

AgTG1

e

AgTG2

apresentam fortes sinais de

seleção positiva, podendo estar envolvidos na resposta à infeção por

Plasmodium.

NETO, Zoraima Naymbi da Silva (2014) – Biological

characterization of de ubiquitylating enzymes (UBPs/UCHs) in

Plasmodium spp as potential drug targets Dissertação de

Doutoramentono ramo de Ciências Biomédicas, especialidade de

Parasitologia. IHMT. Lisboa.

A malária ainda constitui um grande problema de saúde pública e a resistência aos

antimaláricos ameaça todos os esforços efectuados com vista ao combate e controle

desta doença. Existe uma grande necessidade de se identificar novos compostos de

preferência que actuem em novos alvos terapêuticos. A via da

ubiquitinação/proteosoma já foi identificada como um alvo terapêutico interessante.

Mutações nas enzimas de des-ubiquitilação (DUBs) que catalizam a remoção da

ubiquitina estão associadas ao desenvolvimento de doenças infecciosas e não

infecciosas.

Neste projecto quatro DUBs foram identificadas no genoma do parasita

Plasmodium

falciparum

e foram caracterizadas. A expressão dos genes que codificam estas

enzimas ao longo do ciclo de vida do parasita na presença e ausência de fármaco foi

efectuada por RT-PCR.Anticorpos policlonais obtidos a partir de ratinhos foram

utilizados para a deteção da abundancia das proteínas ao longo do ciclo de vida do

parasita. Utilizou-se ainda a tecnica de transfeção com o objectivo de criar uma linha

knockout para determinar se estas proteínas são essências para o parasita. Proteínas

recombinantes foram expressas em células de

E.coli

e actividade enzimática das

mesmas foi testada usando um substrato específico para as DUBs. O inibidor das

DUBs com actividade antimalarica, curcumina foi usado quer

in vitro

para testar a sua

actividade sobre as proteínas recombinantes, mas também

in vivo

no modelo de

malaria roedora de

Plasmodium chabaudi

em associação com cloroquina e

artemisinina.Um

ensiao de proteomica foi também usado para ver que proteínas estão

alteradas em resposta ao tratamento com curcumina.

Os resultados demonstram que em

P. falciparum

os genes

pfuch-l1

,

pfuch-l3

,

pfuch

-

l54

e

pfubp-8

são diferencialmente expressos ao longo do ciclo de vida do parasita e

as respectivas proteínas são mais abundantes no estadio de trofozoito e esquizonte. O

tratamento dos parasitas com artemisinina, cloroquina, curcumina induziu um aumento

temporário na expressão dos genes seguido de um declínio. Não foi possível obter

uma linha parasitária knockout

pfuch-l1

e

pfuch-l3

viável. As proteínas recombinantes

foram expressas com sucesso em células de

E. coli

excepto a

Pfuch

-

l54

. As

Pfuch-l1

,

Pfuch-l3

,

Pfubp-8

demonstraram actividade enzimática e interagiram com o susbstrato

Ub-AMC. Os IC50 da curcumina nas proteínas recombinantes foram:

Pfuch-l1

15μM,

Pfuch-l3

25.4μM,

Pfubp-8

10μM e para a proteina recombinante humana USP2, 5μM.

A Curcumina quando testada nas células HepG2 apresenta alguma toxicidade

in vitro

,

mas não apresenta uma alta toxicicidade em ratinhos e quando utilizada em

associação com a cloroquina apresenta um efeito de sinergismo.Enquanto a