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Artigo Original
de cuidados primários, reduzem o uso de atendimentos de
emergência desnecessários e caros.
e. Generalização das teleconsultas.
Ao oferecer con-
sultas via telessaúde, os médicos ou enfermeiros podem
reduzir o desperdício do seu tempo com deslocamentos e
ocupar este tempo liberado com novas consultas.
6. Conclusão e recomendações
operacionais
1. O reconhecimento da telessaúde como um ins-
trumento essencial para contribuir para o acesso
universal aos serviços de saúde
, aproximando as popu-
lações aos cuidados de saúde, com potencial a vários níveis,
incluindo a prevenção, o diagnóstico, o tratamento e a reabi-
litação, e a vigilância em saúde pública.
2. Aposta clara na capacitação de técnicos de teles-
saúde e de desenvolvimento de competências na
sua utilização por profissionais de saúde.
3. A possibilidade de investir e aplicar, a curto pra-
zo, os recursos tecnológicos e as competências
já
existentes no Brasil e em Portugal, no desenvolvimento do
setor em outros países da CPLP.
Para que seja possível
aproveitar este potencial é imperioso que se crie
uma rede de telessaúde no espaço lusófono
.
Deve ainda sublinhar-se que:
a) A telessaúde aplicada à cardiologia, podendo ser direcio-
nada da teleconsulta mas fundamentalmente no telediag-
nóstico/teleletrocardiografia, com ganhos de tempo no
tratamento em urgência cardiológica e no apoio à decisão
nos centros de saúde. Ao mesmo tempo a monitorização na
doença crónica (insuficiência cardíaca, diabetes mellitus,
DPOC, saúde mental, etc.) e na terceira idade, através dos
recursos já disponíveis com a internet;
b) A importância da teleducação, que pode beneficiar o es-
paço lusófono com a diversidade de programas já desenvol-
vidos;
c) O desenvolvimento, e integração, do processo clínico
electrónico e a digitalização e arquivo dos exames de diag-
nóstico PACS, nomeadamente os radiológicos, ferramentas
tecnológicas para a webização da informação médica, etc.
d) O potencial que a telessaúde encerra no desenvolvimento
integrado dos serviços nacionais de Saúde, consideradas to-
das as condicionantes envolvidas, incluindo a falta de recur-
sos médicos especializados e de outros profissionais;
e) A necessidade de preparar o sistema de saúde para a nova
conceção de acessibilidade aos atos médicos introduzidos
pela telessaúde/telessaúde e pela monitorização à distância e
arquivo de sinais biológicos.
f) Por fim, deve ser realçado o contributo das universidades
na identificação das possibilidades e necessidades de medici-
na e saúde à distância no contexto lusófono e, deve ser feito
o esforço de as fazer coincidir com os interesses dos doentes
e necessidades da comunidade médica e das entidades tute-
lares, promovendo globalmente o acesso universal à saúde.
Agradecimentos
Agradece-se os contributos de todos os colegas que têm
vindo a desenvolver atividades na telessaúde e que connosco
partilharam as suas experiências e conhecimentos, nomeada-
mente o Professor Paulo Ferrinho, Diretor of IHMT, e Dr.
Augusto Paulo Silva, Dr. Felix Rosenberg, Dr. Luiz Eduardo
Fonseca, e Professor Paulo Buss da FioCruz.
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