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S69

Plano Estratégico de Cooperação em Saúde na CPLP

oncologia, enfermagem, oftalmologia, dermatologia, saúde

da criança e do adolescente, reabilitação, ortopedia e trau-

ma, doenças tropicais e saúde indígena, entre outros. Com

base no modelo de política pública com base na evidência

científica, atualmente os números já são significativos:

1. O Programa Nacional deTelessaúde (teleassistência, te-

leconsulta e telediagnóstico) em colaboração com as secre-

tarias estaduais, municipais e comunitárias de saúde. Atual-

mente integra 14 dos 27 estados, 4.141 pontos e 2.367 de

5570 municípios.

1. A UNASUS em colaboração com as faculdades, hospi-

tais de ensino e institutos de pesquisa em saúde. Já forneceu

capacitação em Serviço para 200 mil profissionais da saúde

do SUS.

2. A RUTE integra a infraestrutura tecnológica de comu-

nicação das faculdades, hospitais de ensino e institutos de

pesquisa em saúde. Atualmente conecta em alta velocidade

118 hospitais universitários e de ensino em todos os estados.

Exemplos de projetos transformados em serviços nos Esta-

dos de Minas Gerais e São Paulo.

No Estado de Minas Gerais, o objetivo é apoiar as autori-

dades municipais e estaduais na organização colaborativa e

integrada do atendimento à população, com a participação

efetiva das secretarias estaduais de saúde na coordenação da

telessaúde no estado. Segundo dados do Tele-Minas Saúde,

no atendimento a mais de 700 municípios no estado, cerca

de 70% dos pacientes atendidos a distância não necessitam

ser transportados para diagnóstico e tratamento em centros

urbanos especializados, uma economia de 10% dos recur-

sos da secretaria municipal de saúde. Atualmente são aprox.

1500 teleconsultas/dia para segunda opinião em ECG e mais

1500/mês em outras especialidades, recentemente implan-

tadas.

No Telessaúde São Paulo, foram estabelecidos marcos signi-

ficativos de que resultaram um conjunto de novos projetos:

“ECare: Doutor novo Programa no Brasil”; “Cloud Saúde

e Educação Interativo”; “Saúde Fábrica do Conhecimento”;

“Telepatologia: Autópsia anatomopatológico discussão” (já

com 12 anos de experiência no Brasil); e “Teletraumatolo-

gia”, com 10 anos de experiência

7, 8, 9, 12, 13, 14, 15, 16, 17

.

4.3. CaboVerde

Os primeiros passos da telessaúde em Cabo Verde come-

çaram a partir de 1999, após a assinatura de um protocolo

entre o Hospital Dr. Agostinho Neto e os Hospitais da Uni-

versidade de Coimbra, no âmbito do curso de ginecologia

e obstetrícia. Desde 2000 houve várias intervenções de re-

forço das linhas de comunicação. Em 2009, com apoio do

Serviço de Cardiologia, do Centro Hospitalar de Coimbra,

teve início a primeira ligação entre aquele Serviço e o Servi-

ço de Cardiologia do Hospital Dr.Agostinho Neto, na Praia.

Seguiu-se a ligação ao segundo Hospital Central, no Min-

delo. Esta iniciativa, no domínio da cardiologia pediátrica,

perdura até hoje, através de teleconsultas, discussão de casos

e programação de evacuações de Cabo Verde para Portugal.

Vários doentes têm vindo a beneficiar desta ligação.

Em 2012, o percurso da telessaúde em CaboVerde conheceu

uma viragem estratégica fundamental, com a implementa-

ção do projeto de telemedicina, que permitiu a ligação entre

os hospitais centrais, regionais e as delegacias de saúde, em

todas as ilhas, sendo os primeiros considerados centros de

referência.

ITeHP-CV em CaboVerde

16

que deu lugar ao Programa Na-

cional de Telessaúde - PNT

18

, com o propósito de permitir

a realização de teleconsultas, formação à distância, telecon-

ferência e disponibilização de uma biblioteca virtual. Tem-

-se desenvolvido investigação sobre o impacto da telessaú-

de na rede de referenciação e evacuações, cujos resultados

mostram a sua relevância parra as populações mais distantes

e para a eficiência do sistema de saúde (Lapão & Correia,

2014). Note-se que só recentemente em 2014, Cabo Verde

deu início a este programa nacional (Azevedo, 2015), tendo

inaugurado o centro de telemedicina a 23 de Julho de 2015.

5.4. Guiné-Bissau

ProjetoTelehealth UERJ

11

, sediado no Centro de Telessaúde

UERJ da Universidade do Estado do Rio de Janeiro, Brasil,

que integra dois programas nacionais (a rede universitária

de telessaúde - RUTE - e a rede de telessaúde do Brasil),

encontra-se a realizar trabalho com 26 países incluindo a

Guiné-Bissau, Angola, Cabo Verde e Moçambique, dedican-

do-se exclusivamente à reciclagem e re-certificação de com-

petências dos profissionais de saúde através da realização de

teleformação e seminários por teleconferência, assim como

previamente gravados (Diniz et al., 2012; UERJ, 2015).

Pan African e-Network

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, presente na Guiné-Bissau, São

Tomé e Príncipe, Cabo Verde e Moçambique, entre outros

42 países do continente africano. Projeto pelo qual a Indian

Government and African Union procede à capacitação de

profissionais de saúde de África e presta serviços de telessaú-

de por consultas de especialidade (Wamala and Augustine,

2013; Yusif and Jeffrey, 2014). De ressalvar as dificuldades

de compreender os conteúdos em inglês para a maioria dos

profissionais.

4.5. Moçambique

Moçambique Health Information Network (MHIN) [7] que,

desde 2006, juntamente com o IDRC (Canadian Internatio-

nal Development Research Centre), integra dados de saúde

através de um sistema de comunicação simples e económico

de dois sentidos, utilizando uma rede telefónica e Personal

Digital Assistants (PDAs). Moçambique está neste momento

a desenvolver a sua estratégia de sistemas de informação e

de telessaúde.

A RNP do Brasil tem um termo de cooperação com a More-

Net, rede académica, vinculada ao Ministério de C&T, com

a preocupação de promover a telessaúde. Existe também

Drug Resource Enhancement against AIDS and Malnutrition