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S41

Plano Estratégico de Cooperação em Saúde na CPLP

Área de controle de infeção

Coordenadores da Área de Controle de Infeção da TB au-

xiliaram na realização de Encontros Nacionais de TB em

Hospitais realizados a partir de 2007. Participaram do Se-

minário Interprofissional: “Saúde e Segurança do Trabalha-

dor no Contexto da Tuberculose Resistente à Medicação

em Países de Baixa e Média Renda”, coordenado pela

World

Medical Association

(WMA). Tais atividades foram cruciais

para a inserção de ações de controle de infeção por TB no

Manual de Recomendações para o Controle da Tuberculo-

se.

1

Recentemente, a REDE-TB juntamente com o PNCT-

-MS participou ativamente na revisão de indicadores de

controle de infeção por TB a serem divulgados em 2016

pela OMS e pela

Working

Group

da UNION -

End TB Transmission Initiative (ETTI).

Área de recursos humanos

Em 2004, a REDE-TB recebe do SCITE-MS, a incumbência

de auxiliar na Capacitação em Pesquisa para o controle da

TB. O curso de capacitação elaborado pela REDE-TB focou

nas áreas de Pesquisa Clínica, Operacional e Sistemas de

Saúde. Os resultados preliminares do curso de capacitação

para pesquisa foram alvissareiros, o que permitiu a obten-

ção de financiamento desta abordagem

pelo National Institutes

of Health

(NIH) dos Estados Unidos da América (EUA), de

2005 a 2010, em edital denominado “Training and Research

Program ICOHRTA AIDS/TB, 5 U2RTW006883-02”, sob

a coordenação dos Profs. Jose Roberto Lapa e Silva, Afranio

Kritski eAntonio Ruffino-Netto em colaboração com 3 Uni-

versidades nos EUA. O programa ICOHRTA era composto

por cursos em 4 níveis.

Foram organizados 50 tipos de cursos e eventos diferentes

de nível 1, com participação de 1216 indivíduos. Estas ativi-

dades consistiam em cursos de leitura crítica de artigos cien-

tíficos, redação científica, boas práticas clínicas, boas práticas

de laboratório, ética em pesquisa, coleta e manejo de dados

epidemiológicos, metodologia da pesquisa para profissionais

de laboratório, análise de dados e construção de bancos de

dados com base em softwares como SPSS e R.

Nos cursos de nível 2, o objetivo era capacitar o profissional

de saúde do SUS a desenvolver e discutir projetos de pesqui-

sa operacional e epidemiológica, principalmente emTuber-

culose e HIV. No período de 2004 a 2012 foram realizados

21 cursos de Fundamentos de Metodologia da Investigação

Científica, 20 em diferentes cidades no Brasil e um em Ma-

puto, Moçambique. No final do curso, os alunos apresenta-

vam seu projeto de pesquisa e os cinco melhores recebiam

financiamento. No período de 2004 a 2012 foram elabora-

dos 260 (56%) projetos de um total de 462 alunos que par-

ticiparam dos cursos.

No nível 3, foram oferecidos a 88 alunos, 20 cursos nas insti-

tuições norte-americanas participantes do ICOHRTA:

Johns

Hopkins Bloomberg School of Public Health

(JHSPH),

University

of California School of Public Health

e

Division of International

Medicine -Weill Medical College of Cornell University

.

No nível 4, participaram 61 alunos: o mestrado foi con-

cluído por 28, o doutorado por 29 e o pós-doutorado por

quatro.

As publicações de

trainees

de médio e longo prazo (cursos

níveis 3 e 4) vinculados à capacitação em pesquisa somam

227 artigos científicos até o presente momento.

Área de epidemiologia

A partir de 2010, houve uma maior interação dos coor-

denadores da REDE-TB com o PNCT/MS. Por meio do

edital do MS, com a aprovação do projeto “Análise espa-

cial de dados epidemiológicos da tuberculose em regiões

metropolitanas do Brasil”, o Laboratório de Epidemiolo-

gia da Universidade Federal do Espírito Santo (UFES) ob-

teve acesso a base nominal de dados do SINAN-TB e com

isso várias análises em nível nacional puderam ser reali-

zadas por pesquisadores da REDE-TB. A partir de 2012,

pesquisadores da REDE-TB participam juntamente com

a OMS e a

London School of Hygiene and Tropical Medicine

nos estudos relacionados aos determinantes sociais da tu-

berculose.

33–39

Ainda no ano de 2012, no V Encontro Na-

cional de Tuberculose, os determinantes sociais da tuber-

culose passaram a ser considerados um fator importante

para a manutenção dos indicadores da doença. Neste ano,

projetos liderados por pesquisadores da REDE-TB foram

aprovados nos editais do CNPq cujo foco era estudar os

determinantes sociais nas doenças negligenciadas.

Em abril de 2013, em resposta a solicitação da OMS, a

REDE-TB participou com o PNCT/MS sobre o Seminário

intitulado

Eliminação do Ónus Económico da Tuberculose: Cober-

tura Universal de Saúde e Oportunidades de Proteção Social

, Neste

evento, foi possível: a) reunir pesquisadores e representantes

de governos de países de alta carga de tuberculose, agên-

cias multilaterais e bilaterais, organizações da sociedade ci-

vil, b) estimular o trabalho colaborativo em nível nacional

para eliminar o ónus económico relacionado ao tratamento

da doença e c) discutir estratégias de proteção social para as

pessoas com tuberculose e suas famílias.

(http://www.who

.

int/tb/Brazil_TB_consultation.pdf?ua=1).

Em março de 2016 a área de epidemiologia da REDE-

-TB foi convidada a participar do Grupo Técnico assessor

para investimento de Pesquisa emTuberculose (

TAG on TB

Research investment case

), que estudará no Brasil, na África

do Sul e no Vietnam o estabelecimento de modelos para

avaliação de impactos de intervenções em grupos especí-

ficos com maior risco de TB. No caso do Brasil, utiliza-

remos Sistema de Informação de Agravos de Notificação

(SINAN)-TB para estabelecer parâmetros para os indica-

dores da estratégia

END TB

.

Área TB em indígenas

A área de TB na população indígena foi criada como re-

sultado do processo de revisão do Manual de Recomen-