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em Brasília, sob a coordenação conjunta da REDE-TB, do
PNCT e da SBPT. Este encontro congregou esforços da
Academia, do Governo e da Sociedade Civil. Desde então,
outros 5 Encontros Nacionais de TB foram realizados em
São Paulo, Salvador, Rio de Janeiro e Brasília. A partir do
IV Encontro, a sociedade civil passou a integrar a Comis-
são Organizadora do evento, realizando paralelamente aos
Encontros o I e o II Forum da Parceria Brasileira contraTB.
A partir de 2007, sob nova gestão do PNCT-MS, aumenta
a interação de atividades na área de pesquisa entre REDE-
-TB e governo. Representantes da REDE-TB passam a
participar do Comité Nacional Técnico Assessor (CTA)
do PNCT/MS que, nas reuniões semestrais, discutiam as
prioridades e políticas de controle de TB. Na qualidade de
consultores, participaram da revisão do Manual de Reco-
mendações para o Controle da Tuberculose,
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publicado ao
final de 2010, após 20 anos sem revisão. Entre outras reco-
mendações, o PNCT ali incorporava o regime com quatro
fármacos em dose fixa combinada, então utilizado em qua-
se todo o planeta, com a exceção de cinco países, entre eles
o Brasil, único com elevada carga da doença.
Ainda em 2007, a REDE-TB passa a integrar a Secretaria
Executiva do Projeto Fundo Global Tuberculose, com par-
ticipação ativa no delineamento dos projetos e seu monito-
ramento, junto às Assembleias do Mecanismo de Coorde-
nação de País (MCP).
Com o término dos editais Institutos do Milénio, no fi-
nal de 2008, coordenadores da REDE-TB, Profs Diogenes
Santos-PUC-RS e Afrânio Kritski-UFRJ, recebem a apro-
vação do projeto submetido ao CNPq-MCTI, constituindo
a criação do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia em
Tuberculose (INCT-TB), com sede na PUC-RS e UFRJ-
-RJ. O objetivo era desenvolver medicamentos anti-TB e/
ou vacinas no médio e longo prazo e testes diagnósticos,
moleculares ou não, no curto prazo para controlar aTB,TB
resistente e TB associada ao HIV com a abordagem deno-
minada “da bancada à prateleira” (vide Processo – CNPq /
INCT 573548/2008-0 disponível em
http://www.medi-
cina.ufrj.br/noticias.php?id_noticia=351).
Em 2009, a REDE-TB é convidada pela Organização Mun-
dial da Saúde (OMS) para participar do
Task Force for Move-
ment Research
. Apesar de a pesquisa ter sido reinserida pela
OMS em 2006 como ferramenta recomendada de contro-
le de TB em nível global, não fora observada até então a
incorporação da pesquisa nos Programas de Controle de
TB, nos países de alta carga. Neste momento, a REDE-TB
participou ativamente das discussões em andamento entre
representantes da OMS, UNION, Fundação Melinda Ga-
tes, FIND, NIH e Universidade Liverpool sobre os indica-
dores apropriados que devessem ser utilizados para analisar
o impacto da incorporação de novas tecnologias na TB. A
REDE-TB propôs então ao CTA do PNCT/MS uma plata-
forma para avaliação de incorporação de novas tecnologias,
inseridas na proposta governamental, via Comissão Nacio-
nal de Incorporação de Tecnologias (CONITEC).
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A CO-
NITEC, à semelhança do
National Institute for Heatlh Care
and Excellence (NICE)
do Reino Unido, é o órgão do MS que
analisa a incorporação ou desincorporação de tecnologias
no SUS, com base em avaliações de segurança, efetividade
e custo-efetividade. Neste cenário, deveriam ser utilizados
outros indicadores de processos para analisar impacto clí-
nico e económico das inovações, e não apenas os indicado-
res usuais oriundos da epidemiologia.
Em 2009, a REDE-TB participou na elaboração e coorde-
nação de dois projetos de envergadura nacional, cujos ob-
jetivos eram, por meio de ensaios clínicos pragmáticos (em
condições de rotina), analisar o uso de novos testes mole-
culares na abordagem diagnóstica e terapêutica de TB e TB
resistente, respectivamente, na atenção primária (Xpert
MTB/Rif - financiado pela Gates) e na atenção secundá-
ria e terciária (Xpert MTB/Rif e MTBDR plus -financiado
pela USAID- UNION) em diferentes cidades no país. Os
cursos de Gestão de qualidade promovidos pela REDE-TB
foram cruciais para a capacitação dos profissionais envol-
vidos na condução destes estudos pragmáticos em TB. O
Xpert MTB/Rif foi incorporado ao SUS em 2014 após
aprovação na CONITEC e é hoje a base do diagnóstico de
cerca de 65% dos casos no país.
Em 2011 são identificadas novas necessidades de interlo-
cução na REDE-TB e são criadas as áreas de populações
negligenciadas: TB na população indígena, TB em pessoas
privadas de liberdade,TB em população vivendo em situa-
ção de rua e TB em crianças.
Ainda em 2013, em resposta a solicitação do
Task Force for
Movement Research
da OMS, em São Paulo diversas partes
interessadas no controle da TB se reuniram para discutir e
identificar movimentos que estimulassem a interação en-
tre academia, instituições de pesquisa, Indústria, Agência
Reguladora, instituições governamentais, instituições não-
-governamentais e da sociedade civil tendo como objetivos
básicos:
1. identificar as áreas de pesquisas emTB de maior relevân-
cia no Brasil;
2. elaborar um plano para desenvolver e priorizar uma
agenda nacional de pesquisa emTB para o Brasil;
3. identificar estratégias para viabilizar a Agenda Nacional
de Pesquisa emTB, de modo a cobrir o Pilar 3, em discus-
são pela OMS.
Em 2013, o
National Institute of Allergy and Infectious Diseases/
National Institute of Health
(NIAID/NIH) solicitou o auxilio
da REDE-TB para a identificação de
sites
clínicos no Brasil
para a condução de estudos de coorte de casos e contatos
de TB - projeto REPORT. Este projeto, executado em par-
ceria com Índia, África e Indonésia, tinha como objetivo a
coleta de dados clínicos e laboratoriais (amostras clínicas)
para posterior utilização em estudos relacionados à pesquisa
básica e translacional.A inclusão dos sites do Rio de Janeiro,