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S38

Artigo Original

em Brasília, sob a coordenação conjunta da REDE-TB, do

PNCT e da SBPT. Este encontro congregou esforços da

Academia, do Governo e da Sociedade Civil. Desde então,

outros 5 Encontros Nacionais de TB foram realizados em

São Paulo, Salvador, Rio de Janeiro e Brasília. A partir do

IV Encontro, a sociedade civil passou a integrar a Comis-

são Organizadora do evento, realizando paralelamente aos

Encontros o I e o II Forum da Parceria Brasileira contraTB.

A partir de 2007, sob nova gestão do PNCT-MS, aumenta

a interação de atividades na área de pesquisa entre REDE-

-TB e governo. Representantes da REDE-TB passam a

participar do Comité Nacional Técnico Assessor (CTA)

do PNCT/MS que, nas reuniões semestrais, discutiam as

prioridades e políticas de controle de TB. Na qualidade de

consultores, participaram da revisão do Manual de Reco-

mendações para o Controle da Tuberculose,

1

publicado ao

final de 2010, após 20 anos sem revisão. Entre outras reco-

mendações, o PNCT ali incorporava o regime com quatro

fármacos em dose fixa combinada, então utilizado em qua-

se todo o planeta, com a exceção de cinco países, entre eles

o Brasil, único com elevada carga da doença.

Ainda em 2007, a REDE-TB passa a integrar a Secretaria

Executiva do Projeto Fundo Global Tuberculose, com par-

ticipação ativa no delineamento dos projetos e seu monito-

ramento, junto às Assembleias do Mecanismo de Coorde-

nação de País (MCP).

Com o término dos editais Institutos do Milénio, no fi-

nal de 2008, coordenadores da REDE-TB, Profs Diogenes

Santos-PUC-RS e Afrânio Kritski-UFRJ, recebem a apro-

vação do projeto submetido ao CNPq-MCTI, constituindo

a criação do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia em

Tuberculose (INCT-TB), com sede na PUC-RS e UFRJ-

-RJ. O objetivo era desenvolver medicamentos anti-TB e/

ou vacinas no médio e longo prazo e testes diagnósticos,

moleculares ou não, no curto prazo para controlar aTB,TB

resistente e TB associada ao HIV com a abordagem deno-

minada “da bancada à prateleira” (vide Processo – CNPq /

INCT 573548/2008-0 disponível em

http://www.medi

-

cina.ufrj.br/noticias.php?id_noticia=351

).

Em 2009, a REDE-TB é convidada pela Organização Mun-

dial da Saúde (OMS) para participar do

Task Force for Move-

ment Research

. Apesar de a pesquisa ter sido reinserida pela

OMS em 2006 como ferramenta recomendada de contro-

le de TB em nível global, não fora observada até então a

incorporação da pesquisa nos Programas de Controle de

TB, nos países de alta carga. Neste momento, a REDE-TB

participou ativamente das discussões em andamento entre

representantes da OMS, UNION, Fundação Melinda Ga-

tes, FIND, NIH e Universidade Liverpool sobre os indica-

dores apropriados que devessem ser utilizados para analisar

o impacto da incorporação de novas tecnologias na TB. A

REDE-TB propôs então ao CTA do PNCT/MS uma plata-

forma para avaliação de incorporação de novas tecnologias,

inseridas na proposta governamental, via Comissão Nacio-

nal de Incorporação de Tecnologias (CONITEC).

2–4

A CO-

NITEC, à semelhança do

National Institute for Heatlh Care

and Excellence (NICE)

do Reino Unido, é o órgão do MS que

analisa a incorporação ou desincorporação de tecnologias

no SUS, com base em avaliações de segurança, efetividade

e custo-efetividade. Neste cenário, deveriam ser utilizados

outros indicadores de processos para analisar impacto clí-

nico e económico das inovações, e não apenas os indicado-

res usuais oriundos da epidemiologia.

Em 2009, a REDE-TB participou na elaboração e coorde-

nação de dois projetos de envergadura nacional, cujos ob-

jetivos eram, por meio de ensaios clínicos pragmáticos (em

condições de rotina), analisar o uso de novos testes mole-

culares na abordagem diagnóstica e terapêutica de TB e TB

resistente, respectivamente, na atenção primária (Xpert

MTB/Rif - financiado pela Gates) e na atenção secundá-

ria e terciária (Xpert MTB/Rif e MTBDR plus -financiado

pela USAID- UNION) em diferentes cidades no país. Os

cursos de Gestão de qualidade promovidos pela REDE-TB

foram cruciais para a capacitação dos profissionais envol-

vidos na condução destes estudos pragmáticos em TB. O

Xpert MTB/Rif foi incorporado ao SUS em 2014 após

aprovação na CONITEC e é hoje a base do diagnóstico de

cerca de 65% dos casos no país.

Em 2011 são identificadas novas necessidades de interlo-

cução na REDE-TB e são criadas as áreas de populações

negligenciadas: TB na população indígena, TB em pessoas

privadas de liberdade,TB em população vivendo em situa-

ção de rua e TB em crianças.

Ainda em 2013, em resposta a solicitação do

Task Force for

Movement Research

da OMS, em São Paulo diversas partes

interessadas no controle da TB se reuniram para discutir e

identificar movimentos que estimulassem a interação en-

tre academia, instituições de pesquisa, Indústria, Agência

Reguladora, instituições governamentais, instituições não-

-governamentais e da sociedade civil tendo como objetivos

básicos:

1. identificar as áreas de pesquisas emTB de maior relevân-

cia no Brasil;

2. elaborar um plano para desenvolver e priorizar uma

agenda nacional de pesquisa emTB para o Brasil;

3. identificar estratégias para viabilizar a Agenda Nacional

de Pesquisa emTB, de modo a cobrir o Pilar 3, em discus-

são pela OMS.

Em 2013, o

National Institute of Allergy and Infectious Diseases/

National Institute of Health

(NIAID/NIH) solicitou o auxilio

da REDE-TB para a identificação de

sites

clínicos no Brasil

para a condução de estudos de coorte de casos e contatos

de TB - projeto REPORT. Este projeto, executado em par-

ceria com Índia, África e Indonésia, tinha como objetivo a

coleta de dados clínicos e laboratoriais (amostras clínicas)

para posterior utilização em estudos relacionados à pesquisa

básica e translacional.A inclusão dos sites do Rio de Janeiro,