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A n a i s d o I HM T
de 18 anos. Para a obra foram utilizados recursos obtidos
com o governo do estado e com campanha de solidariedade
promovida pela Federação das Sociedades de Assistência aos
Lázaros em cooperação com a Sociedade de Assistência aos
Lázaros deVitória [15].
Considerações finais
Com relação à organização das políticas de saúde, e em parti-
cular com a organização do combate à lepra, é incontestável
a atuação de Gustavo Capanema à frente do Ministério da
Educação e Saúde, durante o primeiro Governo Vargas. Sua
capacidade de organização e articulação política possibilitou
colocar em prática o seu planejamento.
Da mesma forma, o Dr. Heraclides Cesar de Souza-Araujo
deixou-nos valioso legado através de sua produção técnica e
académica possibilitando entender e remontar a história da
luta contra a lepra no Brasil.
No caso específico do Espírito Santo, a transferência do Dr.
Pedro Fontes possibilitou revelar a real dimensão da ende-
mia de lepra no estado. O censo realizado, a organização ad-
ministrativa, a capacidade técnica e a persistência de Pedro
Fontes foram os elementos necessários para tornar possível
a instalação do leprosário de Itanhenga com o objetivo de
controlar a doença.
Neste processo também foram importantes a participação
e a disponibilidade de João Punaro Bley apoiando as ações
sugeridas por Souza-Araujo e Pedro Fontes. Utilizando-se de
seu forte relacionamento com o GovernoVargas, Bley pode
intervir nas três esferas – estadual, municipal, federal – e
junto à sociedade civil obtendo recursos necessários para en-
caminhar adequadamente o problema da lepra no Espírito
Santo.
É importante ressaltar que mesmo com o isolamento de le-
prosos em Itanhenga, a doença não foi efetivamente erra-
dicada no estado do Espírito Santo. O mesmo se deu em
outros estados do Brasil. Atualmente, com todos os avanços
da farmácia e da medicina, a lepra (hanseníase) no Brasil ain-
da se apresenta como uma forte endemia a ser eliminada.
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Publicação Original. Consultado em 27 de agosto de 2013. In:
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12. Decreto 19.398, de 11 de novembro de 1930 – Diário da Manhã, 15/11/1930,
Vitória, Espírito Santo.
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Vitória, p.3, 25 novembro 1934.
14. Colonia de Itanhenga. Diário da Manhã ,Vitória, p.1, 23 maio de 1935.
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abril de 1937.