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Tabela 1

Estimativas dos benefícios e custos anuais da Regulação, nos EUA, em programas e agências

selecionados, de outubro de 2000 a setembro de 2010 (em biliões de dólares de 2001)

Agência

Benefícios

Custos

Department of Agriculture

Animal and Plant Health Inspection Service

0.9 a 1.2

0.7 a 0.9

Department of Energy

Energy Efficiency and Renewable Energy

8.0 a 10.9

4.5 a 5.1

Department of Health and Human Services

Food and Drug Administration

2.6 a 22.3

0.9 a 1.3

Center for Medicare and Medicaid Services

15.4 a 18.1

2.7 a 3.9

Department of Labor

Occupational Safety and Health Administration

0.4 a 1.5

0.5

Department of Transportation

National Highway Traffic Safety Administration

11.8 a 21.5

5.2 a 10.8

Federal Aviation Administration

0.3 a 1.2

0 a 0.4

Federal Motor Carriers Safety Administration

1.3 a 1.5

1.3

Environmental Protection Agency

Office of Air

77.3 a 535.1

19.0 a 24.1

Office of Water

1.3 a 3.9

1.1 a 1.2

Office of Chemical Safety and Pollution Prevention

3.2 a 11.4

3.4

Office of Solid Waste and Emergency Response

0 a 0.3

-0.2

Fonte: OMB (2011).

Outro argumento utilizado pelos críticos da

regulação, e que é também estudado a nível

académico, é o da “captura do regulador”. O dilema

aqui em causa prende-se com a seguinte questão:

quem é que o regulador representa? Na teoria da

regulação o regulador é habitualmente tratado

como uma espécie de ditador benevolente que sabe

o que é melhor para a economia, regulando-a em

conformidade, mas vários investigadores têm

explorado a circunstância de os agentes objetos da

regulação acabarem por influenciar decisivamente

a atuação dos próprios reguladores. Folland

et al.

(2012) afirmam observar-se tal influência em

alguns sectores regulados nos EUA, como o caso

da regulação dos caminhos de ferro, ou o da

legislação sobre licenciamento médico e o

subsistema

Medicare

, que se acredita ser altamente

influenciado pela

American Medical Association.

Aprofundando o caso particular da saúde, vários

observadores acreditam que nos EUA, os

produtores de serviços de saúde têm sido a

principal força por detrás das principais

intervenções regulatórias do setor, usando-as para

se protegerem da competição do mercado, à custa

do bem-estar dos consumidores; os médicos têm

usado a legislação do licenciamento médico e da

prática comercial médica para prevenirem a

competição da parte de planos de saúde ou sistemas

integrados de prestação de cuidados que lhes

impõem menor autonomia e menor remuneração.

Além disso, os hospitais têm usado a

regulamentação governamental para bloquear a

competição de outras instalações prestadores de

cuidados de saúde inovadoras (Cato Institute,

2009). Também de acordo com a literatura sobre

esta matéria, a mitigação do fenómeno da captura

do regulador parece residir na concreta arquitetura

do sistema regulatório sendo, para tal, necessário

garantir um posicionamento equidistante dos

reguladores face aos principais focos de captura.

Ainda a propósito das críticas à regulação em

geral e, em particular, à regulação da saúde, uma

conclusão assinalável é a de que grande parte da

discussão em torno quer do argumento dos custos

regulatórios, quer do fenómeno de captura do

regulador, se tem feito mais na arena política do

que na das ciências sociais.

5 - O CASO PARTICULAR DA SAÚDE

A necessidade de regulação setorial na saúde

tem sido extensamente advogada desde o final dos