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foram usados quatro modelos experimentais:

Staphylococcus aureus

ATCC 25923,

Enterococcus faecalis

ATCC 29212,

E. coli

AG 100 e

Salmonella

Enteritidis NCTC

13349. Em células de cancro foram usadas, células T de linfoma de rato parentais e

células T de linfoma de rato transfectadas com o gene humano MDR-1.

O principal objectivo deste estudo foi a pesquisa de novos moduladores de bombas

de efluxo presentes em bactérias e células do cancro, tentando assim contribuir

para o desenvolvimento de novos agentes farmacológicos que consigam reverter a

multi-resistência a medicamentos. Assim sendo foram testados trinta compostos

derivados de hidantoínas:

SZ-2, SZ-7, LL-9, BS-1, JH-63, MN-3, TD-7k, GG-5k, P3,

P7, P10, P11, RW-15b, AD-26, RW-13, AD-29, KF-2, PDPH-3, Mor-1, KK-XV,

Thioam-1, JHF-1, JHC-2, JHP-1, Fur-2, GL-1, GL-7, GL-14, GL-16

,

GL-18

.

Como forma de atingir estes objectivos, a actividade biológica dos trinta compostos

derivados de hidantoínas foi avaliada nas quatro estirpes de bactérias da seguinte

forma: foram determinadas as concentrações mínimas inibitórias dos trinta

compostos como forma de definir as concentrações em que os compostos seriam

utilizados. Os compostos foram posteriormente testadas com um método

fluorométrico de acumulação de brometo de etídeo, que é um substrato comum em

bombas de efluxo bacterianas, desenvolvido por Viveiros

et al

.

A actividade biológica dos compostos derivados de hidantoínas nas células de

cancro foi demonstrada por diferentes métodos. O efeito anti-proliferativo e

citotóxico dos trinta compostos foi avaliado nas células T de linfoma de rato

transfectadas com o gene humano MDR-1 pelo método de thiazolyl de tetrazólio

(MTT). Como o brometo de etídeo também é expelido pelos transportadores ABC,

estes compostos foram posteriormente testados com um método fluorométrico de

acumulação de brometo de etídeo desenvolvido por Spengler

et al

nos dois

diferentes tipos de células eucariotas.

Resultados: A maioria dos compostos derivados de hidantoínas foi eficaz na

modulação de bombas de efluxo, nas duas estirpes de bactérias Gram-negativas e

nos dois diferentes tipos de células T de linfoma. Em contraste com estes

resultados, nas duas estirpes de células Gram-positivas, a maioria dos compostos

tiveram pouco efeito na inibição de bombas de efluxo ou até nenhum, em muitos

dos casos. De uma maneira geral os melhores compostos nas diferentes estirpes de

bactérias foram:

Thioam-1

,

SZ-2

,

P3

,

Rw-15b

,

AD-26

,

AD-29

,

GL-18

,

GL-7

,

KF-2

,

SZ-7

,

MN-3

,

GL-16

e

GL- 14

. Foram portanto estes os compostos que provocaram

maior acumulação de brometo de etídeo, inibindo assim com maior eficácia as

bombas de efluxo.

No presente estudo, a maioria dos compostos conseguiu inibir a resistência

provocada pela bomba de efluxo ABCB1, tanto nas células parentais bem como nas

células que sobre-expressam esta bomba, causando a acumulação de brometo de

etídeo dentro das células. As células que sobre-expressam a bomba ABCB1 foram

posteriormente testadas com citometria de fluxo que é a técnica padrão para

pesquisa de inibidores de bombas de efluxo.

Os compostos que foram mais efectivos na inibição da bomba ABCB1, causando

assim maior acumulação de brometo de etídeo nas células que sobre-expressam