Table of Contents Table of Contents
Previous Page  163 / 201 Next Page
Information
Show Menu
Previous Page 163 / 201 Next Page
Page Background

multiplex,

tendo a primeira detectado 100% dos casos de infecção por este

microrganismo (45/45), enquanto que a segunda detectou apenas 71% (32/45) dos

mesmos.

MAGALHÃES, Zúzeca (2010) Infecção por

Chlamydia Trachomatis

:

Conhecimentos, Atitudes e práticas de uma população de estudantes

universitários das áreas da Saúde, Dissertação de Mestrado em

Ciências Biomédicas, IHMT, Lisboa.

Resumo

: A infecção sexualmente transmissível (IST), causada por

Chlamydia

trachomatis

, é considerada mundialmente como um importante problema de saúde

pública, porque pode causar infertilidade e morbilidade a longo termo, existindo a

possibilidade de transmissão ao recém-nascido de mãe infectada.

Os indivíduos entre os 15 e os 24 anos de idade são os que se encontram em maior

risco. Para além das suas consequências, a presença desta infecção sem

tratamento pode potenciar até dez vezes a transmissão do vírus da imunodeficiência

humana adquirida.

Contribuindo a consciencialização sobre os vários aspectos da saúde sexual e o

conhecimento sobre este agente e suas sequelas para que os jovens em risco se

protejam e admitindo o Plano Nacional de Saúde lacunas no conhecimento dos

profissionais da área sobre este tema, o presente trabalho teve como objectivos: 1)

estudar o conhecimento sobre a infecção por

C. trachomatis

, sinais, sintomas,

sequelas e vias de transmissão das IST; 2) conhecer as atitudes e práticas

associadas à transmissão de IST e 3) avaliar a prevalência da infecção por

C.

trachomatis

e

Neisseria gonorrhoeae

numa população de estudantes universitários

das áreas da Saúde. Para tal, utilizou-se um questionário, cuja avaliação sugeriu

que estes jovens possuem um baixo conhecimento sobre os sinais, sintomas e

sequelas deste agente e das outras IST, sendo preocupante verificar que existem

estudantes que não reconhecem os diferentes tipos de relação sexual como vias de

transmissão destas infecções.

A pesquisa dos microrganismos citados, efectuou-se através da aplicação de uma

técnica de biologia molecular em amostras de urina e a presença de anticorpos anti-

C. trachomatis

efectuou-se através uma técnica de imunofluorescência indirecta no

soro. Não foram identificados casos de infecção activa, mas registou-se uma taxa

de 14,4% de títulos reactivos de anticorpos anti-

C. trachomatis

, o que indica uma

percentagem considerável desta população já foi infectada por este agente.

Estudos futuros semelhantes a este, em diferentes populações, são necessários

para avaliar a prevalência global de infecção por

C. trachomatis

em Portugal, assim

como para relacionar as atitudes e práticas com a transmissão das IST e com o

conhecimento entre a população portuguesa. Medidas básicas de prevenção como

a informação à população parecem ser urgentemente necessárias.