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maioria destes factores determinantes não está associada à utilização do

preservativo pelos alunos.

MIGUEL, Elisa (2010) Estudo da prevalência da Malária na Mulher

Grávida Submetida ao Tratamento Intermitente e Preventivo com

Sulfadoxina e Pirametamina e sua Associação com Anemia.

Dissertação de Mestrado em Saúde Tropical, IHMT, Lisboa.

Resumo:

A malária é causada por parasitas de género Plasmodium e transmitida

por mosquitos fêmea do género

Anophele

s. A doença é endémica em regiões

tropicais e intertropicais e constituí uma das maiores causas de morbilidade e

mortalidade principalmente no continente Africano. Segundo os dados da OMS

ocorrem anualmente 300 a 500 milhões de casos clínicos e um milhão de mortes.

Durante a gravidez, a malária é frequente e mais grave, com maior incidência nos

países da África subsaariana. As mulheres grávidas têm maior risco de contrair a

doença e muitas vezes em formas mais graves com associação à anemia. O

objectivo deste estudo foi caracterizar a ocorrência dos casos de malária em

mulheres grávidas submetidas ao tratamento intermitente preventivo (TIP) com a

Sulfadoxina/ Pirimetamina (SP) nas Províncias de Benguela e Huíla. Neste estudo

constatamos que todas as grávidas que participaram tinham tido episódios de

malária antes da gravidez quer na província de Benguela tal como na província da

Huíla. No total, 633 mulheres grávidas foram analisadas e apresentavam um valor

de hemoglobina abaixo dos 14g/dl.

A prevalência de malária em grávidas sujeitas a TIP foi significativamente menor (p<

0.01) do que nas grávidas que não a fizeram, respectivamente 4,5% e 10,0%,

conforme esperado e descrito anteriormente por outros autores.

Todos os casos de malária detectados corresponderam a

Plasmodium falciparum

,

não se tendo verificado nenhuma infecção mista, de acordo com os métodos

utilizados.

O valor médio da hemoglobina nas grávidas foi inferior ao esperado em grávidas

seguidas em consulta pré-natal, e existe uma diferença significativa entre os

valores encontrados na Província de Benguela e da Huíla (significativamente mais

elevados nesta última).

O teste rápido Paracheck-pf detectou a presença de

Plasmodium falciparum

em

maior número do que a microscopia óptica. Por constrangimentos logísticos, o

número de amostras submetidas a teste molecular (PCR) não foi suficiente para se

tirarem conclusões