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instalações do Serviço de consulta Externa de Medicina Interna, incompatibilidade

do horário de funcionamento da consulta com a disponibilidade do utente, tempo de

espera para ser atendido antes da consulta, tempo de espera entre a saída da

consulta e a saída do HSJ, gastos totais de uma ida à consulta e tempo dispendido

na viagem do domicílio para o HSJ) constituem razões para a não comparência do

Grupo I (utilizadores dos últimos três meses do serviço de consulta externa de

Medicina Interna do Hospital do Desterro) e do Grupo II (utilizadores da consulta

externa de Medicina Interna do Hospital de S. José, no período acima descrito) à(s)

consulta(s) de Medicina Interna marcada(s) em 2008 no HSJ.

População e Métodos:

trata-se de um estudo epidemiológico, transversal e

analítico, optando-se pelo método de amostragem aleatória proporcionalmente

estratificada dos dois grupos em estudo, de acordo com o género e idade da

população previamente analisados, e de dimensão igual a 256 elementos para cada

um dos grupos.

A colheita de dados foi realizada através da aplicação de um questionário, por via

telefónica, aos dois grupos de sujeitos precedida por o envio de uma carta registada

com aviso de recepção explicando os contornos do estudo. Realizada a análise dos

dados comparando os dois grupos através do teste de homogeneidade e

independência do qui-quadrado, ANOVA

one-way

, e regressão ordinal.

Principais resultados:

Existem diferenças estatisticamente significativas no acesso

potencial entre o grupo I (HD) e o grupo II (HSJ) nomeadamente no que diz respeito

à idade, às expectativas antes da última consulta, ao estado civil, ao número de

crianças residentes na mesma casa do respondente, à escolaridade, à percepção

sobre acessibilidade física ao HSJ, à distância e tempo de viagem

do domicílio ao HSJ e à situação profissional.

Existem diferenças estatisticamente significativas no acesso realizado entre o grupo

I (HD) e o grupo II (HSJ) nomeadamente no que toca ao número de consultas

marcadas, em 2008 no HSJ a que o utente não compareceu, à percepção sobre a

qualidade do atendimento pelo administrativo, ao tempo de espera antes da

consulta, ao nível de qualidade percepcionada acerca das informações recebidas

pelo médico sobre o seu próprio estado de saúde, ao envolvimento na decisão

terapêutica, ao cumprimento das expectativas, à qualidade global percepcionada, à

satisfação global, à lealdade e à probabilidade de recomendação do serviço de MI

do HSJ a familiares, amigos ou colegas.

Após o encerramento do HD, é reportado pelos seu antigos utentes, um aumento do

tempo de espera imediatamente antes da consulta, uma perda de qualidade global

no serviço prestado, a perda de facilidade na obtenção da consulta de MI e um

sentimento de prejuízo após a transferência da consulta de MI para o HSJ.

A percepção de uma perda na qualidade global do serviço após o encerramento do

HD veio a diminuir a probabilidade de percepcionar tempos de espera

imediatamente antes da consulta mais breves, a diminuir a probabilidade de

seleccionar os níveis mais altos de qualidade do atendimento pelo médico no que

respeita à disponibilização de informações acerca do estado de saúde,

contrariamente ao que seria de esperar a aumentar a probabilidade de indicar altos