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farmácias do concelho de Lisboa que recolheram os dados mediante inquérito por

entrevista quando o utente se encontrava na farmácia a adquirir a sua terapêutica.

A amostra estudada foi constituída por 233 utentes com uma idade média de 57

anos (

dp=

5,7), maioritariamente do género feminino, activos, com uma escolaridade

igual ou inferior ao 9º ano e com hábitos gerais de leitura referindo ler

frequentemente (26%) ou muito frequentemente (30%). Em média responderam

correctamente a 10,48 perguntas num total de 13 (dp

=

1,779), sendo este

conhecimento independente do sexo (p=0,791) e da idade (p=0,131). O número de

respostas correctas é, no entanto, maior quanto maior grau de escolaridade

(p=0,000), a categoria profissional exercida (p=0,000), os hábitos de leitura

(p=0,000), o índice de compreensão de informação (p=0,003), intensidade de leitura

de informação sobre saúde ou medicamento (p=0,005), facilidade de utilização do

folheto informativo do medicamento (p=0,027), intensidade de cálculo (p=0,018) e

tempo de utilização do medicamento (p=0,047).

Do conjunto de indicadores de literacia analisados, o grau de escolaridade, o índice

de compreensão da informação transmitida pelos profissionais de saúde e a

intensidade de leitura de materiais escritos relacionados com o medicamento ou

saúde, são os que mais contribuem para o conhecimento sobre o medicamento,

embora se revelem fracamente preditivos do nível de conhecimento (R2=0,013).

Evidencia-se neste estudo que o conhecimento que os indivíduos possuem sobre o

medicamento é influenciado de forma positiva por competências de literacia em

saúde. Em consequência, as intervenções que visam melhorar a utilização do

medicamento e as estratégias de comunicação em saúde, tanto verbal como escrita,

devem ter em consideração o nível de literacia em saúde da população.

REISINHO, Ana Teresa (2010) Actualização da prevalência de

Leishmaniose canina nos concelhos de Setúbal e Palmela, Dissertação

de Mestrado em Parasitologia Médica, IHMT, Lisboa.

Resumo:

A leishmaniose constitui uma das doenças tropicais mais negligenciadas

em todo o Mundo. Na região Mediterrânica, a doença na forma visceral atinge

preferencialmente crianças com idade inferior a três anos e adultos

imunocomprometidos. É causada por protozoários da espécie

Leishmania infantum

.

O cão é considerado o principal reservatório peridoméstico para a infecção humana,

conferindo grande importância a esta zoonose em termos de Saúde Pública. A

leishmaniose também possui elevada importância em Medicina Veterinária, por

causar doença grave no cão. Não obstante, embora a infecção por

Leishmania

infantum

esteja amplamente difundida na população canina das áreas endémicas,

apenas uma fracção destes cães desenvolve doença clínica.

O diagnóstico e tratamento precoces da leishmaniose canina são essenciais, quer

para controlar a expansão da doença, quer como parte integrante de um sistema de

controlo da leishmaniose visceral humana zoonótica. Estudos realizados na

Península de Setúbal na década de 1980 estabeleceram a seroprevalência da