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multibacilar (MB) e 29,6% de indivíduos com incapacidade grau 2. Neste grupo os
indivíduos paucibacilares (PB) apresentavam 10,0% de incapacidade grau 2 e os
MB 41,2%. No grupo dos AD a incapacidade grau 2 ocorreu em 80,0% dos casos.
Os troncos nervosos mais frequentemente envolvidos foram, por ordem decrescente
de frequência: 1) nos ND, o tibial posterior, o mediano, o cubital, o ciático popliteu
externo e o radial; 2) nos AD, o tibial posterior, o cubital, o mediano, o ciático
popliteu externo e o radial. Os troncos nervosos que mais se associaram a
lesões/deformidades foram nos ND e AD: o tibial posterior, cubital e mediano. As
lesões dos membros mais frequentes foram: 1) nos ND, feridas e úlceras das mãos
e dos pés, mutilação de dedos das mãos; 2) nos AD, mutilação das mãos e pés e
mão em garra. O pé pendente/equino ocorreu apenas nos AD. Após o diagnóstico
a maioria dos AD foram abandonados pela família ou amigos e encontravam-se
dependentes nas actividades domésticas. Globalmente, 78% não retomou a sua
actividade profissional (na maior parte das vezes ligada ao trabalho rural) ou mudou
de ocupação.
Os resultados obtidos sugerem que uma proporção importante de indivíduos está a
ser diagnosticada tardiamente, o que pode corresponder a um maior número de
casos detectados activamente em zonas antes não abrangidas pelas actividades de
controlo da lepra. A maioria dos novos casos detectados eram MB, que
correspondiam aos que apresentavam maior incapacidade. Os troncos nervosos
mais atingidos foram os descritos na literatura, resultando nas lesões habituais.
Estas são abordadas correctamente se passíveis de tratamento conservador,
contudo parece escassear o recurso a soluções cirúrgicas. Estas lesões estiveram
associadas a impacto negativo na qualidade de vida e integração social destes
doentes.
O estudo sugere que a detecção precoce da lepra e das lesões incapacitantes a ela
associadas podem ser optimizadas no hospital de Cumura. Existe lugar para o
tratamento cirúrgico que pode alterar a história natural da doença e suas
consequências físicas, familiares e sociais.
SERRAS, Ana Filipa Duque (2010) Chlamydia trachomatis: genótipos
circulantes, comparação de métodos para o seu diagnóstico e
necessidade do seu rastreio, Dissertação de Mestrado em
Microbiologia Médica, IHMT, Lisboa.
Resumo:
As infecções urogenitais originadas por
Chlamydia trachomatis
têm
aumentado nos últimos anos em todo o mundo, afectando essencialmente jovens
adultos com vida sexual activa. O seu rastreio recomenda-se nas mulheres entre os
19-25 anos de idade em alguns países Europeus, desde que seja de custo eficácia,
para prevenção das suas complicações (doença inflamatória pélvica e infertilidade).
Os testes de amplificação de ácidos nucleicos (NAATs) são cada vez mais utilizados
no seu diagnóstico pela sua elevada sensibilidade e especificidade.