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doença na população canina em 11,5% (Abranches

et al

, 1983). Outro estudo,

realizado na região de Lisboa entre Dezembro de 2002 e Dezembro de 2003,

estimou a prevalência da infecção por

L. infantum

em 18,4% nos cães domésticos e

21,6% nos cães sem dono (Cortes

et al

, 2007).

Neste trabalho foi efectuada uma actualização da prevalência de leishmaniose

canina nos Concelhos de Palmela e Setúbal. Realizaram-se colheitas de sangue

periférico a uma amostra aleatória constituída por dois grupos de cães: 100 que se

apresentaram à consulta a uma clínica veterinária localizada em Palmela

(representando cães com dono) e 83 cães abrigados por uma associação de defesa

de animais, situada em Setúbal (considerados sem dono). O rastreio serológico foi

efectuado com recurso ao teste de aglutinação directa e os soros com resultados

positivos naquela reacção foram também analisados por contra-imunoelectroforese

e imunofluorescência indirecta. Também foi feita pesquisa parasitológica por PCR

no sangue periférico. Determinou-se a seroprevalência total de leishmaniose de

7,1%, para a população canina estudada (5% no grupo de cães da clínica e 9,6%

para o grupo de cães da associação). Utilizando o teste de qui-quadrado, não foram

encontradas diferenças significativas entre os dois grupos estudados. Foi

preenchido um questionário no acto da colheita das amostras biológicas, para

avaliar a importância de determinados factores (género, porte, proveniência, tipo de

habitat

, uso de repelentes do vector e co-habitação com outros cães) envolvidos na

infecção. Embora os testes aplicados sugerissem algumas tendências, nenhum dos

parâmetros avaliados se revelou como factor de risco de forma estatisticamente

significativa.

ROCHA, Maria Raquel Baptista do Espírito Santo (2010)

Seroprevalência e subtipos do vírus da hepatite C circulantes em

indivíduos co-infectados com o vírus da imunodeficiência humana,

Dissertação de Mestrados em Ciências Biomédicas, IHMT, Lisboa.

Resumo: Mundialmente, estima-se que 40 milhões de pessoas estejam infectadas

com VIH, 5 milhões das quais cronicamente infectadas com VHC. A co-infecção

com VIH aumenta a taxa de persistência do VHC, acelera a velocidade de

progressão da doença hepática e reduz significativamente a resposta à terapia do

VHC. O VHC possui extensa diversidade genética, sendo classificado em seis

genótipos e cerca de 90 subtipos com padrões epidemiológicos e resposta à terapia

distintos. Tendo isto presente e devido a serem limitados os dados relativos aos

genótipos e subtipos do VHC circulantes em Portugal e ainda ao facto de os

utilizadores de drogas injectáveis (UDIs) serem um grupo de risco importante para a

co-infecção por VIH e VHC, realizámos um estudo retrospectivo para determinar a

prevalência da infecção por VHC e a distribuição de subtipos deste vírus num grupo

de UDIs infectados com VIH.