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serotipos relacionados com os antigénios da respectiva cápsula polissacárida: A (

C.

neoformans

var.

grubii

); D (

C. neoformans

var.

neoformans

); B e C (actualmente

reconhecidos como uma espécie distinta mas filogeneticamente próxima,

C. gattii

); e

AD (estirpes híbridas).

O presente trabalho teve como principal objectivo determinar retrospectivamente os

tipos moleculares de uma colecção alargada de estirpes de

C. neoformans

, isoladas

e mantidas durante os últimos 18 anos no Laboratório de Micologia do IHMT/UNL. A

maioria das estirpes foi isolada de doentes imunodeprimidos com criptococose,

existindo também algumas estirpes de origem ambiental. Foi utilizada a técnica de

PCR-RFLP do gene

URA5

para diferenciar as estirpes de

Cryptococcus

neoformans

, tendo sido detectados quatro tipos moleculares: VN1 e VN2

(relacionados com

C. neoformans

var.

grubii,

serotipo A); VN3 (relacionado com as

estirpes híbridas de serotipo AD); e VN4 (relacionado com

C. neoformans

var.

neoformans

, serotipo D). Não foram encontrados entre os isolados de origem clínica

perfis de restrição correspondentes aos tipos moleculares VG1, VG2, VG3 e VG4

(relacionados com

C. gattii,

serotipos B e C). O tipo molecular VN1 foi o mais

abundante entre os isolados de origem clínica (45% dos isolados), seguindo-se o

grupo de estirpes híbridas do tipo molecular VN3 (31%). Os tipos moleculares

menos abundantes entre os isolados foram o VN2 (12%) e VN4 (12%). A

estandardização do método de tipagem molecular utilizado neste trabalho permite

comparar os resultados obtidos com os de outros estudos epidemiológicos

semelhantes, realizados noutras regiões do globo e publicados em anos recentes,

contribuindo para um conhecimento melhorado da epidemiologia global deste

importante fungo patogénico. Em Portugal obteve-se uma percentagem mais

elevada de isolados dos grupos moleculares VN1 e VN3 em relação a outros países

da Europa e América Latina, em que os tipos mais abundantes são VN1 e VN2.

Nestas mesmas regiões, o tipo molecular VN4, relacionado com as estirpes de

C.

neoformans

var.

neoformans

do serotipo D, é muito raro. Esta variedade é mais

comum em zonas mediterrâneas e está muito associada a casos clínicos de

infecções cutâneas associadas a infecções do Sistema Nervoso Central. Este tipo

molecular parece ser também significativamente mais abundante no nosso país.

VELEZ, Ângela (2010) Bioecologia e caracterização molecular de

Bulinus globosus

de Angola, Dissertação de Mestrado em Parasitologia

Médica, IHMT, Lisboa.

Resumo:

Bulinus globosus

, hospedeiro intermediário do

Schistosoma

haematobium

, foi o objecto deste estudo, procedendo-se ao seu estudo

bioecológico e à sua caracterização molecular. Para tal, foi realizado um

levantamento malacológico desta espécie em diferentes colecções de água doce,

na Província do Bengo, em Angola.

Neste trabalho são considerados, em primeiro lugar, como introdução, embora muito

sumariamente, alguns aspectos geográficos da província do Bengo, que possam ter