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O estudo demonstrou igualmente que o

Aedes aegypti

colonizou 57,14% dos

biótopos larvares detectados na área infestada, com preferência por biótopos

larvares do tipo artificial, do subtipo plástico. Os biótopos larvares de

Aedes aegypti

eram maioritariamente de pequena capacidade, dependentes da água de rega, com

água incolor e límpida e com presença de matéria orgânica vegetal.

CALDINHAS, Paula Costa (2009) A cirurgia de ambulatório e o tempo

de espera para cirurgia electiva: um estudo ecológico, Dissertação de

Mestrado em Saúde e Desenvolvimento, IHMT, Lisboa

Resumo:

O tempo de espera para a cirurgia electiva constitui uma questão

relevante no acesso aos cuidados de saúde, sendo considerado excessivo (superior

a doze semanas, ou noventa dias), em vários países da OCDE. Verificou-se que o

tempo de espera para cirurgia electiva em Portugal, no decurso das últimas

décadas, foi superior ao registado noutros países do grupo OCDE, tendo chegado a

ser superior a seis meses. O aumento da eficiência e efectividade da produção

cirúrgica, e o aumento do número de procedimentos cirúrgicos, constituem assim

alguns dos objectivos para melhorar o acesso e reduzir o tempo de espera para os

utentes, nomeadamente através do desenvolvimento da cirurgia electiva em regime

de ambulatório. Ao possibilitar que mais doentes sejam tratados por programa,

necessitando de menos vagas hospitalares, e diminuindo o tempo de permanência

hospitalar, a cirurgia de ambulatório tem vindo a instituir-se universalmente como

uma das estratégias que se tem revelado eficaz, na redução dos tempos de espera

cirúrgicos. No entanto, esta prática encontra-se ainda em fase de desenvolvimento

em Portugal, sendo a percentagem de actos cirúrgicos praticados em regime de

ambulatório muito inferior ao que se verifica noutros países desenvolvidos,

verificando-se também a existência de um tempo de espera para cirurgia electiva

mais prolongado. Propôs-se então a realização de um estudo, tendo por objectivo

identificar padrões associativos entre o tempo de espera para cirurgia electiva e a

cirurgia de ambulatório, de modo a responder à seguinte questão de investigação:

“qual a relação existente entre a percentagem de cirurgia de ambulatório realizada,

e o tempo de espera para cirurgia electiva, nas unidades de saúde com serviço de

cirurgia, do Serviço Nacional de Saúde, em Portugal Continental, no ano de 2006”.

Com este trabalho pretende-se demonstrar que existe uma associação entre a

prática de cirurgia de ambulatório, e um menor tempo de espera para cirurgia

electiva.

Material, População e Métodos:

Realizou-se um estudo observacional, ecológico, analítico, com delineamento por

grupos, que tem por população as unidades hospitalares do Serviço Nacional de

Saúde (SNS), dispondo de serviço de cirurgia, no ano de 2006. Caracterizou-se

cada unidade de saúde, relativamente aos seguintes elementos (ou variáveis),

considerados como possíveis determinantes do tempo de espera para cirurgia