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dois pares de oligonucleotidos desenhados especificamente para detectar o ADN de
S. mansoni . Verificou-se amplificacao do fragmento de ADN do parasita em 80%
das amostras analisadas, independentemente da dose de miracidios e do periodo
de exposicao. O metodo utilizado e altamente sensivel, mostrando ser uma
ferramenta útil na deteccao de hospedeiros intermediarios de S. mansoni,
consequentemente na identificacao de focos de schistosomose intestinal.
LOBATO, Cristina (2010) Chlamydia trachomatis infecção na grávida e
no recém-nascido, Dissertação de Mestrado em Ciências Biomédicas,
IHMT, Lisboa.
Resumo
: A infecção urogenital causada por
Chlamydia trachomatis
é a doença
bacteriana sexualmente transmissível mais comum na Europa, tanto em homens
como em mulheres. Constitui um grave problema de saúde pública devido à elevada
percentagem de portadores assintomáticos, às complicações clínicas que daí
podem resultar e à possibilidade de transmissão vertical.
O presente trabalho teve como principais objectivos: i) avaliar a prevalência da
infecção por
C. trachomatis
e por
Neisseria gonorrhoeae
num grupo de grávidas de
36 semanas atendidas na consulta externa de Obstetrícia do Hospital Amadora
Sintra e nos recém-nascidos de mães infectadas, ii) identificar os serovares
responsáveis pelas infecções por
C. trachomatis
, iii) verificar a distribuição da
prevalência da infecção por
C. trachomatis
em função da idade e iv) avaliar a
utilidade de uma técnica de PCR m
ultiplex
e de PCR
multiplex
em tempo real no
diagnóstico desta infecção.
Foram testadas 1201 amostras de urina do primeiro jacto de grávidas e 18
exsudados oculares provenientes de recém-nascidos cujas mães estavam
infectadas com
C. trachomatis
. Cada amostra foi testada pelas técnicas de PCR
multiplex
e de PCR
multiplex
em tempo real, tendo como alvos de amplificação um
fragmento do plasmídio críptico e outro do gene
omp1
. Todos os resultados
positivos foram confirmados com uma técnica de
nested
PCR e posteriormente
enviados para sequenciação para identificação dos serovares envolvidos. Em todas
as amostras foi ainda pesquisada a presença de ADN de
N. gonorrhoeae
através de
técnicas de PCR e de PCR em tempo real sendo que, na primeira, o alvo a
amplificar foi um fragmento do gene
ccpB
do plasmídio pJDI e na segunda o
pseudogene porA. Os resultados positivos foram confirmados por RFLP.
A prevalência da infecção por
C. trachomatis
e por
N. gonorrhoeae
foi de 3,7%
(45/1201) e de 0,08% (1/1201), respectivamente. Nos recém-nascidos, a
prevalência foi de 0% para ambas as infecções, embora o número de recém-
nascidos estudados (18/45) dificilmente seja representativo. O serovar mais
prevalente foi o E (31,1%), seguido do G (15,6%), do D/Da (13,3%), do F, I/Ia e do J
(11,1%). O serovar K foi identificado em 4,4% das amostras infectadas e o H em
apenas 2,2%. A técnica de PCR
multiplex
em tempo real parece ser mais adequada
para o diagnóstico da infecção por
C. trachomatis
do que a técnica de PCR