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A n a i s d o I HM T
zado a partir de 1994, tem sido apontado como referência
para a construção de modelos de avaliação de programas
de educação/formação pós-graduada médica, de enfer-
magem e de outros profissionais de saúde [18]. Composto
por quatro níveis de medida do processo de aprendiza-
gem, o modelo de Kirkpatrick centra-se: a) na reação dos
estagiários à formação recebida; b) no grau de aquisição
de conhecimentos e novas capacidades; c) nas mudanças
ocorridas no comportamento após a formação; e d) nos
resultados ou impacto do processo de aprendizagem na
instituição de origem do estagiário [12,18].
A demonstração de evidência quanto ao impacto de pro-
gramas de formação profissional tem vindo a tornar-
-se uma prioridade para todos os envolvidos, especial-
mente para as entidades promotoras e financiadoras
[9]. Contudo, mantém-se como um dos maiores de-
safios na construção de um modelo teórico de avalia-
ção.A análise de contribuição de Mayne é considerada
adequada nos casos onde os dados disponíveis não são
suficientes para elaborar uma afirmação definitiva so-
bre uma relação causal entre a formação e o impac-
to, mas em que é possível encontrar uma “associação
plausível” que descreva “o progresso em relação aos
resultados” [12].Trata-se de uma abordagem que pre-
tende demonstrar como uma intervenção deve fun-
cionar para ter impacto, verificando o grau de coin-
cidência entre os objetivos iniciais e os resultados ob-
servados
[19,20].
A matriz conceptual da avaliação de impacto dos Progra-
mas de Estágios das Nações Unidas utilizada desde 2010,
integra a classificação de Kirkpatrick com a abordagem
metodológica da análise de contribuição de Mayne. Con-
cetualmente, o modelo de avaliação das Nações Unidas
baseia-se na mudança esperada em função de uma cadeia
lógica de acontecimentos e benefícios, iniciada nos recur-
sos disponíveis e que progride para as atividades desempe-
nhadas, os produtos obtidos, e, por fim, para os resultados
e o impacto esperado da intervenção [12].
Modelo lógico da intervenção e objetivos
da avaliação
O modelo lógico da intervenção descrito no contexto
do atual projeto avaliativo (figura 1) adapta o modelo
lógico construído para responder à avaliação do Con-
curso efetuada em
2013 [9] aos objetivos específicos
desta avaliação. B
aseado no modelo teórico de avalia-
ção de impacto dos Programas de Estágio das Nações
Unidas [12], o modelo lógico da intervenção integra
t
ambém, os pressupostos da abordagem avaliativa com
foco na utilização dos resultados [13,21].
Fig. 1:
Modelo lógico da intervenção objeto da avaliação, adaptado do modelo construído na avaliação de 2003