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A n a i s d o I HM T

Material e métodos

O estudo incide sobre os 24 países euro-

peus da OCDE (Caixa 1) com documen-

tação do processo de planeamento ou do-

cumentos de política de saúde disponíveis

publicamente em espanhol, francês, inglês

ou português.

É um estudo documental comparativo [26].

A pesquisa bibliográfica recorreu a motores

de busca da Google e do Pubmed utilizando

como palavres chave (em espanhol, francês,

inglês ou português) os nomes dos países

e "política(s) de saúde", "estratégia(s) de

saúde", "plano(s) nacional(is) de saúde",

"plano(s) estratégico(s) de saúde" e "pla-

neamento".

A pesquisa bibliográfica incidiu particular-

mente sobre os

sites

da OCDE, da OMS

(

European Observatory on Health Systems and Policies

e

Country

Planning Cycle Database

), da União Europeia (

Eurostat

) e dos

ministérios da saúde de cada país.

Os documentos identificados foram arquivados para análise

desde que o período temporal da política/plano/estratégia

incluísse os anos de 2010 ou mais recentes.

A apreciação das estratégias nacionais de saúde inclui uma

revisão de cada estratégia global em si e, se possível, o seu

alinhamento com o quadro de referência para o desenvol-

vimento nacional, as suas ligações com os processos orça-

mentais, os elementos relacionados com estratégias espe-

cíficas multissetoriais e subsetoriais/estratégias específicas

da doença. Isto implicou a apreciação de um portefólio de

documentos e não de um único documento.

A análise destes documentos é feita recorrendo a um qua-

dro lógico[27, 28] e à análise de conteúdo dos documentos

selecionados.

Informação secundária, geralmente de caráter complemen-

tar à análise dos documentos selecionados, foi extraída de

vários estudos da OCDE e, em particular, do

European Obser-

vatory on Health Systems and Policies

.

Resultados

Os resultados (detalhes em anexos 1.1 a 1.3 entregues a

pedido) comparam a estrutura de governação da saúde, os

processos de planeamento e os "ingredientes essenciais" das

estratégias nacionais, tentando enquadrá-las na diversidade

de conjunturas dos países.

O desenvolvimento de políticas/estratégias/PNS tem sido

feito de acordo com um de 3 modelos: centralizado (Eslové-

nia [29], Eslováquia [30], Estónia [31], Grécia [32], Hungria

[33], Irlanda [34], Islândia [35], Polónia [36], Portugal [24]),

descentralizado (Dinamarca [37], Espanha [38], França [39],

Reino Unido [40, 41, 42, 43], Suécia [44], Suíça) ou parti-

lhado entre as autoridades centrais e as regionais e/ou locais

(Alemanha [36], Áustria [45], Bélgica [46], Finlândia [47],

Holanda [48], Itália [49], Noruega [50], República Checa

[51]).

Os sistemas de serviços de saúde (SSS) podem ser agrupa-

dos nas seguintes categorias [52]: Serviço Nacional de Saúde

(Dinamarca [37], Espanha [38], Finlândia [47], Grécia [32],

Islândia [35], Noruega [50], Portugal [24], RU [40, 41, 42,

43], Suécia [44]); Seguro Nacional de Saúde (Irlanda [34],

Itália [49],); Seguro Social de Saúde (Alemanha [36], Áus-

tria [45], Luxemburgo, Suíça); Sistema de Base Social Misto

(Eslovénia [29],); e Seguro Social de Saúde Estatal (Bélgi-

ca [46], Eslováquia [30], Estónia [31], França [39], Holanda

[48], Hungria [33], Polónia [36], República Checa [51]). A

componente liberal dos sistema de serviços de saúde (SSS)

tem vindo a aumentar, no entanto, neste momento nenhum

SSS pode ser classificado como seguindo um modelo maiori-

tariamente liberal (privado) [52]. Os países da antiga esfera

de influência soviética evoluíram geralmente de um modelo

tipo Semashko para modelos tendencialmente bismarckia-

nos.

Os 18 PNS ou estratégias com horizontes temporais defi-

nidos definem períodos de vigência que vão de 3 a 17 anos

(Caixa 2).

A referência ao nível de aprovação não é frequente. Podemos

inferir que as estratégias de saúde da Eslováquia [30], Eslové-

nia [29], da França [39] e da Noruega [50] são aprovadas pelo

parlamento nacional. Nos outros países os

loci

de decisão pa-

recem estar colocados dos órgãos de governação executiva

da saúde a nível mais ou menos central, conforme for o caso.

A expetativa é, geralmente, que as estratégias/PNS sejam

implementados com os recursos próprios dos stakeholders

4 - S –specificic, m – measurable, a – achievable, r – relevant, t – time bound.

5 -

http://www.acs.min-saude.pt/pns2011-2016/files/2010/07/Documento-

-Estrategico-PNS-2011-2016.pdf

Caixa 1.

Países europeus da OCDE

Alemanha

Áustria

Bélgica

Dinamarca

Espanha

Eslováquia

Eslovénia

Estónia

Finlândia

França

Grécia

Holanda

Hungria

Irlanda

Itália

Islândia

Luxemburgo

Noruega

Polónia

Portugal

República

Checa

Reino Unido

Suécia

Suíça

Caixa 2

. Horizonte temporal das estratégias/PNS

Dinamarca 2013-2016 [53]

Escócia 2007-2012 [54]

Eslováquia 2014-2030 [55]

Eslovénia 2013-2023 [56]

Estónia 2009-2020 [57]

Espanha (de 3 a 12 anos depen-

dendo da região autónoma) [38]

Finlândia 2012-2015 [58]

França de 5 em 5 anos [39]

Hungria 2007-2013 [59]

Inglaterra 2010-2015 [60]

Irlanda 2013-2025 [61]

Islândia 2020 [62]

Itália- 2011-2013 [63]

Noruega 2011-2015 [64]

Polónia 2007-2015 [65]

República Checa 14-20 [66]

Suécia 2013-2020 [67]

Suíça 2011-2020 [68]