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A n a i s d o I HM T

dentes de viação mostraram o maior decréscimo de DALY,

caindo em 51% entre 1990-2010 (Figura 5) [81].

Nas seguintes doenças/enfermidades Portugal compara des-

favoravelmente com a média europeia em termos de anos

de vida perdidos: cancros colo-retal e do estômago, infeções

respiratórias baixas, diabetes, doença renal crónica e aciden-

tes de viação (Figura 6).

Não é portanto surpreendente que os PNS europeus par-

tilhem com Portugal a preocupação das doenças não trans-

missíveis e da saúde mental. A preocupação com as doen-

ças musculosqueléticas tem sido menos notória tanto nos

PNS portugueses como nos europeus. Os PNS europeus

mostram uma preocu-

pação crescente com as

incapacidades motoras

e outras e com as doen-

ças raras, uma realidade

menos presente no PNS

português.

Estas tendências de

morbilidade e mortali-

dade confirmam dados

observados em relató-

rios sobre a saúde dos

Portugueses desde a

década de 90 do século

passado [82, 83,84].

São ainda de realçar re-

ferências à dor, à obesi-

dade e à saúde oral.

Determinantes da carga

de doença observada

Como para os EM da

UE e da EFTA, no geral,

os três fatores de risco

que representavam para

a carga mais doença em

Portugal eram riscos

alimentares, hiperten-

são arterial e índice de

massa corporal elevado.

Os principais fatores de

risco para crianças me-

nores de 5 anos e adul-

tos de 15 a 49 anos fo-

ram tabagismo e uso de

álcool, respetivamente,

em 2010. O tabagismo

como fator de risco para

as crianças tem sido de-

vido à exposição passiva

ao fumo [81]. Estes são

fatores abordados nos

PNS europeus e de Portugal, onde se confirma a sua relevân-

cia em 3 estudos publicados desde a década de 90 [82, 83, 84].

Desigualdades em saúde

Se há um tema que merece realce que quase universal nas

estratégias de saúde revista, é o reconhecimento da impor-

tância crescente das desigualdades em saúde. Este reconhe-

cimento nem sempre se reflete nas estratégias adotadas.

Destas realçamos as dos países nórdicos [53, 58, 64, 67] e as

de países descentralizados [38, 63, 64] em que o Estado se

reserva algum espaço para intervir no sentido de reduzir as

desigualdades regionais.

Figura 6

Principais causas de anos de vida perdidos dos países da EU e EFTA em comparação com

a média Europeia [81]