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Incidência dos conteúdos

A Comissão Europeia (e oTribunal Europeu) tem influencia-

do o planeamento nacional através de orientações e indica-

dores, e com a partilha de boas práticas.Tem implementado

medidas de solidariedade, como o apoio ao desenvolvimento

de colaborações transfronteiriças, para proteger a população

de riscos como a utilização do tabaco ou abuso do álcool,

para combater as desigualdades em saúde ou para o combate

às ameaças colocadas pelas doenças infeciosas ao envelheci-

mento e ao encarecimento dos serviços de saúde atribuíveis

à evolução tecnológica.

Os conteúdos temáticos incidem sobre doenças específicas

ou grupos de doenças, os seus determinantes e sobre o SSS.

A abordagem por ciclo de vida está, como em Portugal, bem

estabelecida em muitos países. No ciclo de vida os idosos, as

mulheres em idade fértile, os homens jovens, o recém-nas-

cido (a problemática do baixo peso à nascença) e os adoles-

centes têm recebido a atenção de várias estratégias nacionais.

Os ambientes doméstico, ocupacional e escolar são também

referências estratégicas frequentes.

Doenças específicas ou grupos de doenças

Nos 20 anos entre 1990 e 2010, a carga global de doenças de

muitas causas não transmissíveis aumentou, especialmente

doenças isquémicas do coração, cirrose, diabetes e doenças

músculo-esqueléticas, incluindo dor lombar e dor cervical,

e enfermidades mentais. Com as exceções de doença isqué-

mica cardíaca e cirrose, o mesmo foi observado em países da

UE e da EFTA e em Portugal; a carga da doença associada a

estas duas causas diminuiu durante o período de 20

anos.Ou-

tra diferença entre a realidade global e a realidade regional

europeia é a maior importância, em 2010 comparativamente

a 1990, da toxicodependência e do consumo excessivo do

álcool como causas de morte prematura e de incapacidade

nos países da UE e EFTA e Portugal em 2010; mas a perda de

saúde atribuível a esses distúrbios aumentaram a um ritmo

mais lento na região do que o ritmo global. Nos países da

UE e da EFTA, entre 1990 e 2010, viu-se uma diminuição

de 50% na mortalidade prematura por acidentes de viação.

Em termos do número de anos de vida perdidos devido a

morte prematura em Portugal, a doença cerebrovascular, ou

acidente vascular cerebral, doença isquémica do coração e os

cancros da traqueia, brônquios e de pulmão foram as princi-

pais em 2010 [81].

As cinco principais

causas de DALY em

Portugal foram lom-

balgia, síndrome de-

pressivo major, que-

das, dor cervical, e

outras perturbações

músculo-esqueléticas.

As cinco principais

causas de DALY em

2010 foram a dor

lombar

(tendência

crescente), a doença

vascular cerebral ou

acidente vascular ce-

rebral (tendência de-

crescente), a doença

isquémica do coração

(tendência

decres-

cente), a diabetes

(tendência crescente)

e quedas (tendência

crescente). Os aci-

Caixa 10.

Objetivos e metas HEAT na Escócia [54]

Objetivos:

Melhoria da saúde do povo da Escócia - melhorar a esperança de

vida e a esperança de vida saudável;

Melhorias na eficiência e governança - melhorar continuamente a

eficiência e eficácia do SNS;

Acesso a serviços - reconhecer as necessidades dos pacientes para

um acesso mais rápido e fácil aos serviços do SNS;

Tratamento adequado aos indivíduos – garantir aos doentes servi-

ços de alta qualidade que vão ao encontro das suas necessidades.

Cada objetivo tem um número de metas associadas. Estas metas são me-

didas a nível nacional e revistas anualmente a nível regional (Boards).

Cada board tem um local delivery plan com detalhes sobre como espera

executar uma meta em termos da sua trajetória e gestão dos riscos: es-

tes são a base de um "performance contract" anual entre os boards e

o governo central. As metas HEAT são revistas anualmente. Uma vez

alcançadas torna-se num padrão que deve ser mantido.

Nas seguintes doenças/enfermidades Portugal compara desfavoravelmente com a média

europeia em termos de anos de vida perdidos: cancros colo-retal e do estômago, infeções

respiratórias baixas, diabetes, doença renal crónica e acidentes de viação (Figura 6).

Figura 5

Mudanças nas 25 principais causas de DALY em Portugal 1990-2010 [81]

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