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A n a i s d o I HM T

da capacidade de resposta e de ação dos organismos e serviços

do Ministério da Saúde (MS) ou das próprias instâncias gover-

nativas (Figura 3).

Atualmente o PNS, coordenado pela Direção-Geral de Saúde

(DGS), encontra-se em versão revista e prolongada a 2020 de

acordo com os documentos internacionais de política de saúde:

Health 2020

[22],

Health for Growth

[23],

Horizon 2020

3

.

PIDDAC

O PNS é complementado pelo PIDDAC (Programa de In-

atingir os objetivos, nada explicando sobre as razões

subjacentes ao sucesso ou insucesso alcançado.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) foi convi-

dada, peloACS, a avaliar este ciclo de planeamento,

salientando-se as seguintes observações, recomen-

dações e conclusões:

O PNS 2004-2010 constituiu-se como referen-

cial alargado e orientador para as atividades do sis-

tema de saúde (SS).

Aceitação do PNS 2004-2010, como um con-

senso alargado sobre as prioridades em saúde,man-

tendo-se em vigor ao longo de vários governos com

valores ideológicos diferentes.

Alcance de muitos dos objetivos e metas defini-

das tendo-se verificado uma melhoria substancial da

saúde da população.

Melhoria dos indicadores de saúde e aproxima-

ção às médias europeias.

Reduzida articulação entre o PNS e os instru-

mentos de governação (contratualização, regulação, indi-

cadores de desempenho), e ausência de definição de várias

áreas de responsabilidade.

Comprometimento do desempenho do SNS no futu-

ro, devido a estilos de vida pouco saudáveis, dificuldades

na sustentabilidade do sistema e existência de iniquidades

em saúde.

O próximo PNS deveria ser um plano forte e dirigido

ao reforço do sistema de saúde, ao alcance de ganhos em

saúde sustentáveis e à redução das iniquidades em saúde.

Uma das recomendações mais importantes é que um futu-

ro PNS seja "menos plano e mais Estratégia". Realçou-se

que "Compromissos e processos de mudança devem estar

ligados ao plano. Para ser eficaz, o plano terá de incluir

compromissos e processos de mudança e assegurar que

um quadro de referência de avaliação está em vigor e de

acordo com as medidas tomadas para a implementação do

plano" [15]. Isto é, deveria estruturar-se mais como um Perfor-

mance Framework.

Terceiro Ciclo

AAlta Comissária da Saúde, Professora Maria do Céu Machado,

supervisionou a fase final do segundo ciclo, solicitou a sua avalia-

ção e deu início ao terceiro ciclo técnico que, com a extinção do

Alto Comissariado da Saúde (ACS), foi terminado na DGS. No

ACS este processo foi fortemente participado e enriquecido por

um conjunto de pareceres técnicos encomendados pela equipa

de coordenação. [16,17,18,19]

Para o PNS 2011-2016 [20] foram considerados quatro eixos

estratégicos, que se expressam em orientações estratégicas, que

devem permitir a consecução de ganhos em saúde através da

adoção de quatro objetivos estratégicos, que refletem um con-

ceito alargado de saúde, onde é fundamental a perspetiva de in-

tersetorialidade e de determinantes de saúde, que vão para além

Figura 2

Modelo teórico do PNS 2004-2010

Autoria: Ferrinho P. 2010, não publicado.

1 - Planeamento estratégico no setor da saúde é o conjunto de orientações de-

finidoras das estratégias para, de uma forma coerente e consonante com políticas

vigentes, e através de programas ou projetos, obter ganhos em saúde num certo

espaço e em determinado período.

2 - Gestão estratégica é o conjunto estruturado e interativo do planeamento estra-

tégico, organização estratégica, direcção estratégica, controlo estratégico e desen-

volvimento organizacional estratégico.

3 - O Programa Europeu para reforçar a ERA – European Research Area - com

grande relevância para a investigação em saúde.

Figura 3

Proposta de ModeloTeórico para o PNS 2011-2016 [21]