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aumentando assim o risco de hipoglicémias.Nunca será demais,
pois, reforçar a necessidade de evitar intervalos prolongados en-
tre as refeições.
•
Atenção às
hipoglicémias
. Rever com o doente como
evitá-las, como tratá-las e os seus sinais de alerta, precoces.
•
Papel do acompanhante idóneo
. Será desejável, que
este tenha conhecimento da diabetes do seu acompanhante so-
bretudo, da forma como as suas hipoglicémias se manifestam e
das atitudes a tomar nessas situações. Caso não vá acompanhado
por pessoa idónea, seria prudente, informar alguém do pessoal
de bordo ou da organização da viagem, da sua doença sobretudo
relativamente às eventuais hipoglicémias.
3.2 Ajuste da Medicação
Frisa-se o cuidado a ter para evitar hipoglicémias.
3.2.1 Ajuste da Insulina
Na medicação, o ajuste mais importante a fazer-se será o da insu-
lina. De uma forma geral, poderá justificar-se um esquema de in-
sulina emdose umpoucomais reduzida em relação à sua habitual.
O ideal em viagens são os esquemas chamados basal-bolus, que
são os que permitemmaior flexibilidade, desejável sobretudo, no
decurso das grandes deslocações e nas horas que se lhe seguem.
•
Ajuste da insulina basal
.
É consensual que esses ajustes são tanto mais necessários quanto
mais longo é o trajeto e sobretudo quanto maior a diferença
horária para o destino.
De entre as várias propostas
21,22,23
, a estratégia de acerto de dose
que se segue, como referem os próprios autores, para além de
evitar riscos de grandes picos e vales de insulina, o ajuste é fei-
to apenas na primeira dose da insulina basal autoadministrada,
após a partida. Facilita-se assim o planeamento deste ajuste e a
execução do mesmo, pelo próprio. Estes ajustes são necessários
quando a deslocação ultrapassa as 5 horas de diferença horária.
O ajuste da dose é feito tendo em conta o facto de o dia
ser mais longo quando se viaja para o ocidente e mais curto
quando para o oriente.
Tendo por referência este pressuposto:
*A última dose da insulina basal anterior à partida mantém-se.
* Se o doente se deslocar para o ocidente, como o seu dia
será mais longo deverá:
1-Para maior facilidade de ajuste, manter o relógio pela hora
do local da partida até que chegue a hora da administração da
primeira dose da insulina basal após a partida;
2-Nesse momento fará metade da sua dose habitual para essa
altura do dia (ou 2 unidades inferiores, no caso das glicémias
andarem muito próximas do limite inferior do considerado
bom para esse doente);
3-Deverá, de seguida, acertar o relógio para a hora do
destino (o que no caso vertente implica atrasar o relógio);
4-Quando voltar a chegar a hora (hora do local do destino)
da administração habitual da insulina basal, para esse mo-
mento, deverá fazer a outra metade da sua dose habitual.
5-A próxima dose da insulina basal, deverá ser na quantidade
habitual (ou, ligeiramente inferior caso se justifique) e na hora
habitual, agora já de acordo com a hora do local onde está.
*
Quando a deslocação se faz para o oriente o dia do viajante
fica mais curto.
1.
Ajuste da insulina
2.
Adaptação de restantes antidiabéticos
Ajuste da dose da Insulina basal
•
Para o
Ocidente
, dia mais
longo
•
Para o
Oriente
, dia mais
curto
Ajuste da dose da Insulina basal na deslocação para o
Ocidente;
dia mais longo
•
Desdobrar a primeira toma da Insulina basal que
faz após a partida
•
Metade na hora habitual do país de origem
•
Outra metade quando for a mesma no destino
•
Ajuste da insulina basal
•
Ajuste dos bolus de insulina
•
Bombas de infusão contínua de insulina
Do sítio eletrónico do Instituto Brasileiro de Geografia e estatística
(http://www.guiageeo-mapas.com/fuso.htm)
o sítio eletrónico do Instituto Brasileiro de Geografia e estatística
(http://www.guiageeo-mapas.com/fuso.htm)Exemplo 1
Viajando para o ocidente
(partida às 20:00h)
Vai de Lisboa a Nova Orleães.
São 7 horas de diferença horária.
22h de Lisboa
São15h em N.Orleães
Faz metade da dose habitual
Toma seguinte de insulina basal na
hora habitual de Lisboa
Exemplo 1
(continuação)
Viajando para o ocidente
Vai de Lisboa a Nova Orleães.
São 7 horas de diferença horária.
São 5h em Lisboa
Às 22h de N. Orleães
Faz a outra metade da dose habitual
Faz metade da dose habitual
Artigo Original