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A n a i s d o I HM T

Doença do Sono: rumo à eliminação?

Sleeping Sickness: towards elimination?

Jorge Seixas

MD, PhD, Professor auxiliar, Unidade de Ensino e Investigação em Clínica das

DoençasTropicais. Instituto de Higiene e MedicinaTropical, Universidade NOVA de

Lisboa, Lisboa, Portugal

Jorge Atouguia

MD, PhD, Unidade de Ensino e Investigação em Clínica das DoençasTropicais.

Instituto de Higiene e MedicinaTropical, Universidade NOVA de Lisboa e Clínica de

MedicinaTropical e doViajante, Lisboa, Portugal (aposentado)

Artigo Original

Resumo

A doença do sono (DS) está em vias de ser controlada na maioria dos paí-

ses africanos, após a epidemia dos anos 90. A OMS teve um papel crítico no

aumento de visibilidade da doença e ao implementar soluções que incluíram

capacitação, optimização do diagnóstico, disponibilidade e distribuição dos

tratamentos e medidas para controlo vetorial. Ainda que muito permaneça

por fazer especialmente em países com instabilidade civil, o Atlas da Tripa-

nossomose Humana Africana, um projecto da OMS, está agora disponível

como instrumento de vigilância e deveria contribuir para obter a eliminação

da forma Gambiense da doença nos próximos 5 a 10 anos. É importante na

situação actual aprender com os exitosos programas coloniais de controlo da

DS estabelecidos em meados do século passado.A avaliação das componentes

sociais e antropológicas da doença é crítica para assegurar uma erradicação

duradoura. O exemplo de Angola, onde após um período epidémico a doen-

ça está em fase de erradicação, deveria ser estudado e atentamente seguido.

Ainda que o tratamento da DS dependa de velhos e tóxicos medicamentos,

uma melhor terapêutica combinada (NECT) está presentemente disponível

para o período neurológico da doença por Gambiense. Um novo fármaco oral

capaz de tratar ambos os períodos da doença deveria entrar em utilização nos

próximos anos.

Palavras Chave:

Doença do sono, Tripanossomose Humana Africana, vigilância, elimi-

nação, novo fármaco.

Abstract

Sleeping Sickness (SS) is being controlled in most African countries af-

ter the epidemic that started in the 1990’s.WHO had a major role in

building awareness and implementing solutions that covered capacity

building, diagnosis optimization, drug availability and distribution and

vector control measures.Although much remains to be done specially in

countries with civil instability, the Atlas of Human AfricanTrypanosomi-

asis, aWHO project now available as a tool for SS surveillance in Africa,

should help reach elimination of the Gambiense form of this disease in

the next 5 to 10 years. Learning from colonial SS control programs suc-

cessfully established in the middle of the last century is important in the

present situation; evaluating the social and anthropological components

of the disease is critical for securing long term eradication.The example

of Angola, where formerly epidemic SS has reached eradication stage

should be studied and attentively followed up. Although SS treatment

still relies on old and toxic drugs, a better combination therapy (NECT)

for the neurologic stage of Gambiense disease is now available. A new

oral drug able to treat both stages of the disease should be ready to be

rolled- out in the coming years.

KeyWords:

Sleeping sickness, Human African Trypanosomiasis, surveillance, elimi-

nation, new drugs.

An Inst Hig MedTrop,Volume 14: 43- 46