38
o
Conhecimentos sobre a alimentação
adequada
:
Avaliar se o diabético tem noções sobre os conteúdos caló-
ricos, composição em hidratos de carbono, importância dos
intervalos das refeições, relação com a atividade física…
3. Recomendações
Estando estabelecida a importância da consulta de preparação da
viagem, sobretudo num diabético e, da antecedência da mesma,
propõe-se que esta seja, no mínimo, de 1 mês como é também
preconizado para as consultas da medicina do viajante.
Em consulta de diabetes, logo que o doente aborde a questão
da viagem, perceber se o destino e o tipo de atividade a que se
propõe são adequados à sua condição, caso isso seja
negociável
.
Alertar também o doente, de início, da necessidade da con-
sulta da medicina do viajante, se for caso disso, para que seja
feita a restante preparação referente a profilaxias e aconse-
lhamentos de comportamentos de segurança nos vários do-
mínios da saúde.
Também em consulta de medicina do viajante é suposto ser
abordada a questão da diabetes e feito o encaminhamento do
doente ao médico que trata a sua diabetes, sobretudo se for
insulinotratado.
Dentro do objetivo de manter o equilíbrio metabólico o
mais estável possível, evitar hipoglicémias deverá ser um
imperativo. Um estudo publicado no Journal of Travel Me-
dicine
12
refere que 10,2% de diabéticos insulinotratados que
fizeram viagens de longo curso, tiveram pelo menos uma
hipoglicémia. Desses, 31% consideraram-nas graves (defi-
nindo os próprios, gravidade, como necessidade de serem
socorridos). A maioria das hipoglicémias foram nas primei-
ras 8 horas subsequentes à viagem.
O carácter das recomendações dependerá do enquadramen-
to da viagem.
Várias associações de diabéticos têm, nos seus sítios ele-
trónicos, orientações para os viajantes sobretudo de
avião. É o caso da Associação Protectora dos Diabéti-
cos de Portugal
13
, da American Diabetes Association,
da Canadian Diabetes Association
14
UK Diabetes
15
e ou-
tros centros educativos de apoio aos diabéticos
16,17, 18,19
.
3.1. Recomendações Gerais
Destaca-se, aqui, os essenciais da bagagem de mão e outras
recomendações gerais para a viagem e a estada
3.1.1 Os essenciais da bagagem de mão.
O diabético deve ter, uma bagagem (de mão ou de cabine)
que deverá manter-se junto de si, transportando:
- Açúcar
,
água
,
mini-refeições
(fruta, tostas,…),
equi-
pamento de autoavaliação
de glicémia,
medicação
(nomeadamente a insulina e material de autoadministração,
no qual não deve faltar uma seringa de insulina ou uma ca-
neta suplente, para o caso da caneta em uso, se avariar), em
quantidade suficiente para eventuais atrasos, desvios das ma-
las ou outras intercorrências no percurso.
No caso específico da insulina, existem recomendações no
sentido de a quantidade a transportar dever ser o dobro da
necessidade habitual, para o período da deslocação.
Insulina
e
as canetas dos análogos de GLP-1
:
o seu
acondicionamento e transporte, devem respeitar as se-
guintes precauções e que são idênticas para os dois fár-
macos:
o
A insulina em uso
, pode e deve estar a temperatura am-
biente (não superior a 30ºC),
em local fresco e seco;
concretamente, não deve ficar na casa de banho, ou ou-
tras áreas aquecidas, em exposição direta ao sol, nem no
porta-luvas pelo risco de exposição excessiva ao frio ou
ao calor. A ampola encetada não deve estar em uso por
mais de 28 dias.
o
A insulina de reserva
, deverá ser armazenada no frigorífico,
nas prateleiras menos frias (gaveta de legumes, por exem-
plo); evitar a porta do frigorífico que está sujeita a maiores
variações de temperaturas.
o
O transporte em viagem
, se superior a 5 horas, deve ser sem-
pre em caixa isotérmica mesmo o da insulina em uso. Em
viagens mais curtas, pode ser à temperatura ambiente des-
de que estas não sejam extremas (superiores a 28º graus e
inferiores a 2º).
A insulina, mesmo a da reserva, deve estar durante a
viagem, à mão do doente para que este possa gerir o
risco de variações de temperatura indesejáveis, a que
pode ficar sujeita. Será recolocada no frigorífico, logo
que possível.
O estojo de transporte, isotérmico, poderá ser uma caixa tér-
mica improvisada à base de esferovite e placas de frio. A ima-
Também em consulta de Medicina do viajante é, suposto ser abordada a questão da diabetes e,
fei o o encaminhamento do doente ao médico que trata a sua diabetes sobretudo, se for
insulinotratad .
Dentro do objetivo de manter o equilíbrio metabólico o mais estável possível, evitar hipoglicémias
deverá ser um imperativo. Um estudo publicado Journal of Travel Medicine
12
refere que
10,2% de diabéticos
insulinotratados
que fizeram viagens de longo curso, tiveram pelo menos
uma hipoglicémia. Desses, 31% consideraram-nas graves (definindo os próprios, gravidade, como
necessidade de serem socorridos). A mai ia das hipoglicémias, foram nas pri eiras 8 horas
ubsequentes à viagem.
O caracter das recomendações dependerá do enquadramento da viagem.
Várias associações de diabéticos têm nos seus sítios eletrónicos, orientações para os viajantes
sobretudo de avião. É o caso da Associação Protectora dos Diabéticos de Portugal
13
, da American
Diabetes Association, da Canadian Diabetes Association
14
UK Diabetes
15
e outros centros
educativos de apoio aos diabéticos
16,17, 18,19
.
3.1. Recomendações Gerais
Destaca-se, aqui, os essenciais da bagagem de mão e os cuidados gerais a ter durante a viagem e a
estada
3. Recomendações
1. Gerais
2. Ajuste da medicação
3.1.1
Os essenciais da bagagem de mão
3.1.2
Outras recomendações gerais
Acondicionamento e transporte da Insulina e análogos
•
A insulina em uso
•
A insulina de reserva
•
O transporte em viagem
•
Substituição da insulina
Artigo Original