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A n a i s d o I HM T
Devem assim, ser tidos em conta itens como:
- Idade
: importa não só a idade cronológica, como também
perceber a idoneidade atendendo ao que se segue;
- Capacidade
(tanto física como psíquica)
de se auto
cuidar
e de tomar decisões flexíveis e sensatas, particu-
larmente determinante, face às ocorrências imprevistas so-
bretudo em ambientes não familiares como é provável em
situação de viagem.
- Acompanhante idóneo
, cuja presença será tanto mais
desejável quanto maiores foram as limitações do diabético,
sua propensão para hipoglicémias e quanto mais acentuadas
as alterações que o seu quotidiano irá sofrer.
-
Presença de
complicações da diabetes
, a sua gravidade
e as possíveis limitações daí resultantes.
2.4 Caracterizar a situação da diabetes
e a
relação
do doente com a mesma,
fornece indicadores sobre a
necessidade de um ensino mais ou menos aprofundado para
uma gestão adequada da doença durante a viagem.
Assim, relativamente à
situação da diabetes
é relevante:
o
O tipo da diabetes e sua duração
o
Equilíbrio das glicémias (controlo e a estabilidade das glicémias)
o
A frequência e gravidade de hipoglicémias
o
A medicação em curso e sua posologia.
Para
caracterizar
a relação do diabético com a sua
condição
, destaca-se os seguintes critérios:
o
Regularidade de auto avaliação
das glicémias; é
recomendável que o faça pelo menos, nas 2 a 3 semanas pre-
cedentes à consulta de aconselhamento, e 2 a 3 vezes ao dia,
sobretudo se for doente insulinotratado; é com base nesse
perfil recente das glicémias que se farão recomendações do
ritmo das futuras autoavaliações e das terapêuticas mais ajus-
tadas.
o
Capacidade de deteção e abordagem das hipogli-
cémias,
percebendo se o doente sabe detetá-las precoce-
mente, tratá-las corretamente e preveni-las.
2.2 - Caracterizar as condições
do local/país de deslocação
-
Acessibilidade de
água potável
e
alimentos
adequados
.
Em algumas circunstâncias a disponibilidade de refeições é muito
espaçada em horas e a improvisação de refeições intercalares é
improvável, no âmbito de algumas das transportadoras ou enti-
dades organizadoras das viagens.
- Hábitos alimentares
. O conhecimento destes, com
antecedência, e se muito diferentes da sua origem, permite
apoiar o doente na elaboração de ementas possíveis com base
no que localmente é disponibilizado.
- Diferença horária
. Poderá ser importante, sobretudo,
no ajuste da dose da insulina no período de transição.
- Clima
. Não importa só os riscos de desidratação e ex-
posição solar indevida em climas quentes. Na deslocação a
grandes altitudes, e para regiões muito frias, tem de ser con-
siderada a baixa da pressão do oxigénio e a vasoconstrição
resultante do frio, aumentando o risco de lesões isquémicas,
nomeadamente, das extremidades, não falando já, do risco
aumentado em doentes com patologia coronária prévia.
- Condições de higiene e sanitárias
. Devem ser avalia-
das tendo em conta que os diabéticos têm uma maior susce-
tibilidade para feridas e infeções.
- Acessibilidade de cuidados de saúde
.
- Acessibilidade de farmácias
.
Estas últimas
premissas são tão ou mais importantes du-
rante a deslocação como no local da estada. Segundo um
estudo
8
, em viagem, as intercorrências médicas mais fre-
quentes em doentes com patologia crónica, são diarreias,
feridas e febre. Estas podem facilmente assumir propor-
ções que justifiquem apoio de cuidados de saúde mais dife-
renciados quando se trata de diabéticos, por exemplo.
A cobertura do seguro deve ser assegurada, se o contexto
o justificar, para intercorrências médicas que possam sur-
gir e, mesmo para eventuais avarias da bombas de infusão
contínua de insulina.
2.3 - Caraterizar o diabético.
É cada vez mais
consensual que os diabéticos mesmo os de
tipo1 participem nas mais diversas atividades inclusive des-
portos de maior exigência física
9,10,11
contudo, a participação
nessas atividades dependerá muito do seu controlo metabó-
lico no momento e, nos meses mais recentes. Do mesmo
modo, a avaliação da existência de complicações poderá ser
determinante na decisão do doente participar ou não em de-
terminado tipo de viagens e desportos.
2.2
Caracterizar as condições do local/país de deslocação
.
2.2 Caracterizar as condições do país de deslocação
Acessibilidade de água potável e alimentos
Hábitos alimentares
Diferença horária
Clima
Condições de higiene e sanitárias
Acessibilidade de cuidados de saúde
Acessibilidade de farmácias
Caracterizar a situação da diabetes
Tipo de diabetes
Equilíbrio das glicémias (controlo e a estabilidade das
glicémias)
Frequência e gravidade das hipoglicémias
Medicação em curso e a posologia da medicação
Caracterizar relação do diabético com a sua condição
Regularidade de autovigilância
Capacidade de deteção e abordagem das hipoglicémias
Conhecimentos sobre alimentação adequada
2.3 Caracterizar o diabético
Idade
Capacidade de se auto cuidar (física e cognitiva)
Acompanhante idóneo
Complicações da diabetes