

42
cos com menor risco de hipoglicémias; evitar, portanto, as
sulfonilureias de efeitos de longa duração como é o caso da
glimepirida e sobretudo da glibenclamida.
Atenção aos inibidores de SGLT2.
A mais recente famí-
lia de anti-diabéticos orais, os inibidores do co-transportador
de sódio e glucose
2
(SGLT
2
)
25
, podem aumentar o risco de
infeções ginecológicas e desidratação por diurese osmótica
,
o
que não será também confortável em viagem.Recentemen-
te
26
tem sido referido, também, o maior risco de cetoacidose
diabética mesmo em diabéticos tipo2.
4. Conclusão
Para que o diabético possa usufruir em pleno, da sua viagem,
em lazer ou em trabalho, será imprescindível que seja colhi-
da a maior quantidade, possível, de informação quanto ao
doente, sua relação com a diabetes e a situação da sua doen-
ça; detalhes sobre o enquadramento da viagem, serão outros
contributos importantes para recomendações adequadas e
minuciosas.Assim, poderá prevenir-se hipoglicémias graves,
facilitar um melhor equilíbrio da diabetes e proporcionar
um maior bem-estar até mesmo pela confiança com que o
diabético poderá lidar com as alterações que as viagens habi-
tualmente trazem, tendo, a educação contínua em consulta
de diabetes, um papel decisivo. O aconselhamento relativo
à diabetes deverá ser feito, de preferência, pelo médico que
habitualmente o segue, sobretudo no que toca ao ajuste te-
rapêutico.
Depois do que foi dito, conclui-se propondo que se elabo-
re uma
check-list,
que permita ao médico não deixar escapar
tópicos de colheita de dados e recomendações que podem
ser decisivas para que a viagem do diabético flua de forma
equilibrada.
O aconselhamento deve ter informação clara e ser, de pre-
ferência, impressa especialmente a que se refere ao ajuste de
medicação.
Artigo Original
Bibliografia
1- PORDATA; Base de dados Portugal Contemporâneo
http://www.pordata.pt/Pesquisa/viagens.Acedidoem Junho 2015
2- Conceição C., Teodósio R., Pereira F, Pacheco R. R. Araújo C. Seixas J.,
Atouguia J. (2014). Medicina do Viajante em Portugal: Workshop e criação da
Sociedade Portuguesa da Medicina doViajante. An Inst MedTrop 13; 91-94
3- Observatório Nacional da Diabetes.(2015) Diabetes Factos e Números.Portugal 2015
4- Blake E Elkins*, MarkWTrue, Rosemarie G Ramos and Marcus M Cranston
( 2014). J Tourism Hospit 3:2 How do you get there with Diabetes? Results of a
Survey of DiabeticTravelers
5-
http://www.diabetes.org/living-with-diabetes/know-your-rights/discrimination/public-accommodations/air-travel-and-diabetes (acedido em Julho 2015)
6- Mieske K, Flaherty G, O’Brien T (2009) Journeys to High Altitude-Risks and
Recommendations for Travelers with Pre-existing Medical Conditions. J Travel
Med 17: 48-62 Long- and Short-HaulTravel byAir: Issues for PeopleWith Diabetes
on Insulin Joan C.D. Burnett MSc
7- Brasil Mergulho. Orientações da Associação Australiana de Mergulho
http://www.brasilmergulho.com/port/artigos/2005/011_3.shtml8- RosanneW.Wieten,Tjalling Leenstra, Abraham Goorhuis, Michele van Vugt,
Martin P.Grobusch. (2012) Health Risks ofTravelersWith Medical Conditions—A
Retrospective Analysis. JTravel Med. 19(2):104-10
9- Patricia L. Brubaker, (2005) AdventureTravel andType 1 Diabetes
The complicating effects of high altitude. Diabetes Care 28 nº10; 2563-257
10- Pieter de Mol, SuzannaT. deVries, Eelco J.P. de Koning, Rijk O.B. Gans, Cees
J. Tack, Henk J.G. Bilo. (2011) Increased insulin requirements during exercise at
very high altitude in type 1 Diabetes. Diab. Care 34 nº3;591-595
11- Pieter de Mol, Suzanna T. de Vries, Eelco J.P. de Koning, Rijk O.B. Gans,
Rijnold O.B. Gans,Cees J.Tack, Henk J.G. Bilo. (2012) Metabolic effects of High
Altitude in Patients with type2 diabetes. Diab. Care 35 nº10; 2018-2020
12- Joan C.D. Burnett (2006) Long- and Short-Haul Travel by Air: Issues for
PeopleWith Diabetes on Insulin. Journal ofTravel Medicine
13- Volume 13, Issue 5, pages 255–260
14-
http://www.apdp.pt/index.php/comunicacao/material-educacional/book/49-10-vais-viajar/8-material-educacional Acedido em Julho 2015
15-
http://www.diabetes.ca/diabetes-and-you/healthy-living-resources/general-tips/travel-tips-for-people-with-diabetes Acedido em Julho 2015
16-
https://www.diabetes.org.uk/travelAcedido em Julho 2015
17- Aerospace Medical Association Medical GuidelinesTask Force,Alexandria,VA.
(2003) Medical Guidelines For Airline Travel. Aviation, Space and Envirommental
Med. 74 nº5 Sec,II Supl.
18- Have Diabetes.WillTravel.
By the National Diabetes Education ProgramActualizaddo Maio 2014
http://ndep.nih.gov/resources/resourcedetail.aspx?resid=224Acedido em
Julho 2015
19- Adrienne A Nassar, Curtiss B Cook & Steve Edelman (2012)Management
Prespective,Diabetes Management during travel. Diabetes Management. 2 nº3; 205-212
20-
http://www.diabetescenter.com.br/portaldiabetes/armazenamento-e-transporte-de-insulina-2792010/ Acedido em Julho 2015
21-
www.freego.ptAcedido em Julho 2015
22- Jordan E Pinsker1*, Erik Becker, C Becket Mahnke, Michael Ching, Noelle S
Larson and Daniel Roy (2013). Extensive clinical experience: a simple guide to basal
insulin adjustments for long-distance travel.
Journal of Diabetes &Metabolic Disorders
12
:59
23- Sane T, Koivisto VA, Nikkanen P, Pelkonen R (1990). Adjustment of insulin
doses of diabetic patients during long distance flights. Br Med J; 301:421–422.
24- Jones H, Platts J, Harvey JN, Child DF. (1990)An effective insulin regimen for
long distance air travel. Pract Diabetes 1994; 11:157–158.
25- Gill Morrison, PhilipWeston. (2012) Have pump, will travel:Advice on the use
of CSII when travelling. Journal of Diabetes Nursing 16 nº5
26- EMEA (European Medicines Agency
)http://www.ema.europa.eu/docs/en_GB/document_library/EPAR_-_Product_Information/human/002322/
WC500136026.pdf Acedido emAgosto 2015 Acedido em Julho 2015
27- Anne L. Peters, Elizabeth O. Buschur, John B. Buse, Pejman Cohan, Jamie
C. Diner, Irl B. Hirsch. (2015 ) Euglycemic Diabetic Ketoacidosis: A Potential
Complication of Treatment With Sodium–Glucose Cotransporter 2 Inhibition
Diabetes Care
vol. 38 no. 9 1687-1693