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segundo Henrique Galvão) que, indepen-
dentemente de ter tido uma muito longa duração e
termos percorrido uma vasta área por trilhos e
picadas, nunca ou raramente utilizadas, foi aquela
que me proporcionou conhecer uma região onde
poucos, até então, a tinham percorrido e o IHMT, à
época dirigido pelo falecido Dr. Fernando Moura
Pires e sendo Subdirector o Dr. Vitor Casaca, foi o
pioneiro naquela região e nos objectivos
pretendidos.
Por este lin
k http://vimeo.com/47827873 pode-
se compreender e ver o tipo de trabalho e as
dificuldades com que nos defrontámos nesta
brigada e que executámos por dedicação, amor ao
próximo, um certo “aventureirismo” e, quiçá, para
servir a
coisa pública
(Fig. 7).
Fig. 7 – Pires corando lâminas para pesquisa de parasitas emMavinga (Kuando Kubango, Angola),
1963.
Nos trabalhos que foram publicados na área
da
Parasitologia
(Entomologia,
Helmin-
tologia, Malacologia e Protozoologia) e não só,
posso dizer, com orgulho, que colaborei na sua
quase totalidade e que serão umas largas
dezenas ou mesmo mais de uma centena de
publicações em revistas científicas nacionais e
estrangeiras. Talvez alguns deles não tivessem
o interesse que de momento pensávamos mas
muitos foram, indiscu-tivelmente, um alicerce
para se construir o saber futuro sobre a saúde
em ANGOLA.
Durante a minha atividade na MPEA, recebi
um louvor do Professor Doutor Guilherme J.
Janz que, como Chefe da Missão, soube dirigir
com saber e consciência as atividades desta,
tendo eu encontrado nele uma pessoa sempre
disponível para me prestar ajuda, com palavras
sensatas, embora parcas.
Não posso deixar de lembrar o Investigador
Dr. Vitor Casaca que durante vários anos, e
não foram poucos, muito contribuiu para que a
MPEA, o IIMA e o IPSPA tivessem o relevo
que tiveram no panorama científico nacional e
internacional, e que desde cedo se dedicou de
corpo e alma às tarefas que eram inerentes às
instituições de que foi res-ponsável. O Dr.
Casaca, fundamentalmente um parasitologista,
que tinha qualidades humanas e de chefia que
permitiram que muito se fizesse mais por
solidariedade dos colaboradores do que por
dever de ofício, era um ser humano sempre
disponível para ajudar quem quer que fosse,
desde o mais simples ao mais graduado
funcionário da sua instituição, e no trabalho
diário, o primeiro a dar o exemplo, nunca
deixando de incentivar e ajudar os seus
colaboradores a progredirem nas suas
carreiras,
mesmo
aqueles
que
não
dependiam
diretamente
dele.
Foi,
indiscutivelmente, um pilar da MPEA e dos
IIMA e do IPSPA. Muito poderia contar sobre
a minha convivência com os Drs. Casaca e
Morais de Carvalho, quer no Instituto, quer nos
trabalhos de campo.