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1999, passando, a partir de então, e até 2004, a
funcionar como três UEIs. Estas eram chefiadas
por Aldina Gonçalves, visto que Paulo Ferrinho
assumiu a chefia da divisão de Epidemiologia na
Direção Geral da Saúde, deixando o IHMT; de
2006 a 2010, a direção da UEI de Epidemiologia e
Bioestatística foi assumida por Luzia Gonçalves.
É sob a liderança de Aldina Gonçalves que o
Curso de Saúde Internacional foi creditado como
curso nuclear do
Masters Programme in
International Health
para 2002, mantendo-se,
desde então, como o contributo do IHMT para o
TropEd, que, com o apoio do Professor Jorge
Cabral, se foi refletindo na oferta pedagógica de
saúde pública. Em decorrência, desde 2005, tem
funcionado o Mestrado de Saúde em
Desenvolvimento, agora na sua 7ª edição.
Na compreensão de que a saúde pública é o que
nós, como sociedade, fazemos coletivamente para
garantir as condições que permitem uma vida
saudável, tendo, como valor nuclear, a justiça
social (Rosales
et al.
, 2012), o Mestrado de Saúde
e Desenvolvimento tem por objetivos preparar
profissionais para intervir na saúde de
comunidades pobres ou excluídas e com
capacidade de gestão de programas de saúde. Ao
longo dos anos, o seu corpo docente foi
progressivamente reforçado com, numa perspetiva
multidisciplinar, a contratação de vários
professores e investigadores, internacionais e
nacionais, com diferentes formações (sociologia,
medicina,
econometria,
bioestatística,
enfermagem, psicologia, economia da saúde,
bioinformática, gestão) e áreas de competência,
nomeadamente em sistemas de saúde, gestão em
saúde e desenvolvimento de recursos humanos em
saúde, políticas de saúde, epidemiologia,
metodologias de investigação, economia da saúde,
medição em saúde, saúde comunitária, promoção e
proteção da saúde, aplicação de tecnologias de
informação à saúde e avaliação de políticas e
programas de saúde.
Com os novos estatutos de 2009, as várias UEIs
que constituíam a Saúde Pública voltaram a fundir-
se numa única UEI, denominada de “Saúde Pública
Internacional e Bioestatística”. Teve, como seu
primeiro diretor, Paulo Ferrinho, entre 2010 e 2012
e, desde 2012, Sónia Dias. Esta junção permitiu
melhor articulação da atividade de investigação,
com definição mais clara da agenda de
investigação (Tabela 1), centrando os seus esforços
no desenvolvimento do atual programa de
Doutoramento em Saúde Internacional, com duas
especialidades: Saúde Pública Tropical e Políticas
de Saúde e Desenvolvimento.
O Mestrado oferecido pela UEI decorre na sua
sétima edição e está, neste momento, a ser avaliado
de forma a ser reestruturado de acordo com a
experiência ganha durante as edições já realizadas
e a absorver recomendações atuais sobre o ensino
de saúde pública, em temas como comunicação,
investigação participada de base comunitária,
competência cultural, ética, genómica, saúde
global, informática, política e processo legislativo.
Pretende-se, assim, melhor corresponder às
necessidades identificadas como resultantes de
uma crise em competências de saúde pública
(Evans, 2009; Kickbush, 2009).