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Tendo em conta os avanços que se tinham

verificado no âmbito da Medicina Tropical, a

escola foi remodelada (Decreto nº 7096, de

6.11.1920), passando o Curso de Medicina

Tropical a ser constituído pelas cadeiras de

Climatologia e Geografia Médica, Higiene e

Bacteriologia, Patologia e Clínica, e Parasitologia

e Entomologia. Portanto, as Ciências Biomédicas

vieram a ser enriquecidas, uma vez que a anterior

cadeira de Higiene e Bacteriologia veio a ser

substituída pelas cadeiras de Higiene e

Bacteriologia e de Parasitologia e Entomologia.

Em 1934, o Decreto nº 24.644, de 12 de

novembro, determinou que fosse realizado, em

cada ano letivo, apenas um curso no período de 1

de novembro a 31 de março, com um máximo de

40 alunos.

Em 1935, para que fossem acompanhados os

avanços que se tinham operado nos diferentes

campos da Medicina Tropical, a escola foi sujeita a

uma remodelação, passando a ser designada por

“Instituto de Medicina Tropical” (Lei 1920, de

29.05.1935), tendo o instituto

alterado a duração do

curso, que vinha sendo ministrado, para seis meses,

de 8 de janeiro a 30 de junho, e também a sua

constituição, a qual passou a ter as cadeiras de

Higiene, Climatologia e Geografia Médica (1ª

cadeira), Patologia Exótica e Clínica (2ª cadeira) e

Zoologia Médica, compreendendo Entomologia e

Helmintologia (3ª cadeira), Hematologia e

Protozoologia (4ª cadeira) e Dermatologia e

Micologia Tropicais (5ª cadeira). Ao Prof. Ayres

Kopke, coube a responsabilidade da 4ª cadeira, até

7 de fevereiro de 1936, data em que se jubilou,

vindo a ser substituído pelo Prof. Manuel Prates

(nomeado em22.11.1937). A 3ª cadeira teve, como

primeiro Professor Efetivo, o Prof. Luís Artur

Fontoura de Sequeira (nomeado em 10.02.1937) e,

como primeiro Professor Auxiliar, o Prof. João

Fraga de Azevedo (nomeado em 13.06.1938).

Por esta composição do curso, verifica-se a

preocupação do instituto em acompanhar a

evolução das Ciências Médicas e, desde logo, dar

importância

às

Ciências

Biomédicas,

individualizando, desde logo, o seu ensino,

nomeadamente o

da

Helmintologia,

da

Hematologia e da Protozoologia.

Em 1943, após 25 anos de interrupção da

publicação dos

Archivos

, foi iniciada a publicação

dos seus

Anais

, onde a atividade pedagógica tem

estado presente, com a inclusão, nomeadamente, de

lições de cursos ministrados na escola (Ferreira,

1971).

O Decreto nº 34107, de 13.11.1944, veio

permitir “

a participação nas actividades docentes

do Instituto dos médicos do quadro de Saúde do

Ultramar por forma a aproveitarem-se os seus

conhecimentos adquiridos por uma larga

permanência nos trópicos

” (Fraga de Azevedo,

1958).

Em 1951, foi criada a cadeira de Bacteriologia e

Virologia, reforçando, assim, o ensino das Ciências

Biomédicas no instituto. Mercê, certamente, da

importância e do nível pedagógico e científico do

ensino ministrado, matricularam-se, no curso de

Medicina Tropical, em 1953, 132 alunos.

Em 1955, com a publicação do novo

regulamento do instituto, o curso de Medicina

Tropical teve o seu período alargado, passando a

ser ministrado de 3 de novembro a 30 de junho, em

vez de se iniciar a 7 de janeiro. O número de

cadeiras continuou a ser de seis, mas as Ciências

Biomédicas passaram a designar-se por

Entomologia e Helmintologia (3ª cadeira),

Hematologia e Protozoologia (4ª cadeira) e

Bacteriologia e Virologia (6ª cadeira). Aqui se

pode considerar estar o embrião da atual

composição das Ciências Biomédicas no instituto.

Efetivamente, no atual elenco de disciplinas do

IHMT, tem-se Bacteriologia, Biologia Celular e

Molecular,

Entomologia,

Helmintologia,

Malacologia,

Micologia,

Protozoologia

e

Virologia.

Em 1958, começa, digamos, uma nova era para

o instituto, com a inauguração, a 12 de dezembro

(56 anos após a sua criação), do edifício comquatro

pisos, terraço e cave, construído de propósito para

a sua instalação, edifício situado na Rua da

Junqueira, nº 96 (atualmente, nº 100), bem perto do

local de onde saiu, ficando ao lado do então

denominado “Hospital do Ultramar”, hoje

designado por “Hospital de Egas Moniz”.

A importância de que se revestia o ensino para o

Instituto está bem patente nas instalações a ele

dedicadas. Nele tínhamos a imponente Aula

Magna, amplos anfiteatros, biblioteca e três

magníficas salas para as aulas práticas situadas nos

1º, 2º e 3º andares (Figuras 1 e 2).