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Tabela 1
Características dos participantes.
Total
(N = 1375)
Mulheres
(51,1%; n=703)
Homens
(48,9%; n=672)
Média ± d.p.
Média ± d.p.
Média ± d.p.
Idade (anos)
35,9 ± 12,1
35,6 ± 11,9
36,2 ± 12,4
Tempo de residência (anos)
7,8 ± 8,1
8,0 ± 8,4
7,5 ± 7,8
%
%
%
Comunidade
Africana
32,6
36,4
28,6
Brasileira
38,0
36,8
39,3
Europeia de Leste
29,4
26,8
32,1
Estado Civil
Casado
46,3
46,0
46,7
Solteiro
43,4
40,7
46,2
Divorciado/Viúvo
10,3
13,3
7,1
Estatuto Legal
Regular
74,3
78,1
70,2
Irregular
25,7
21,9
29,8
Escolaridade
Até ao básico
35,4
36,0
34,7
Secundário
33,6
29,8
37,6
Licenciatura ou superior
31,0
34,2
27,7
Rendimentos Reportados
Suficientes
43,0
41,4
44,7
Insuficientes
57,0
58,6
55,3
Situação Professional
Empregados
67,4
66,3
68,6
Não empregados
32,6
33,7
31,4
1 - Estado de saúde reportado
Do total de imigrantes, 61,5% relatou ter bom
estado de saúde, embora, mais frequentemente, os
homens (p < 0,001) (Figura 1). A grande maioria
dos inquiridos (86,4%) declarou não ter doença
crónica, embora 13,6% tivesse respondido
positivamente. É de notar que há maior proporção
de mulheres do que de homens a reportar doença
crónica (p = 0,003). Em relação à doença mental,
uma maior percentagem deu resposta negativa
(86,3%), porém, 13,7% dos imigrantes referiu ter
doença mental. Mais uma vez, a prevalência é
maior nas mulheres do que nos homens (p = 0,002).
Reconhecendo-se o efeito importante do tempo
de residência no estado de saúde, procedeu-se a
análises estatísticas adicionais com os resultados
que a seguir se descrevem. Reportar bom estado de
saúde é mais frequente entre os imigrantes que
residem há menos tempo em Portugal (6,8 ± 7,3
anos vs. 9,3 ± 9,1 anos nos que reportammá saúde)
(p < 0,001). A doença crónica está também
associada ao tempo de residência, sendo que os
imigrantes que declararam não ter este tipo de
doença residem em Portugal há menos tempo (7,0
± 7,2 anos vs. 11,8 ± 11,4 anos nos que reportam
ter doença crónica) (p < 0,001).
Cerca de 60% dos participantes referiu que o seu
estado de saúde não se alterou desde que está em
Portugal, embora 21,7% considere que piorou e
17,9% refira que melhorou. Não se verificaram
diferenças significativas entre mulheres e homens
(estado de saúde não se alterou: 58,5% das
mulheres e 62,3% dos homens; estado de saúde
piorou: 24,2% das mulheres e 19,1% dos homens;
estado de saúde melhorou: 17,3% das mulheres e
18,6% dos homens) (p = 0.074).
Aproximadamente metade dos elementos da
amostra (48,5%) afirmou que nunca esteve doente
nos últimos 6 meses, 27,8% que esteve doente
durante um máximo de 3 dias e 23,7% uma semana
ou mais. Ter estado doente revelou-se mais