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a prevalência do clone O25b-ST131 relacionado com a disseminação de ESBL do

tipo CTX-M-15.

Os gene mais frequentemente isolados foram o

ecpA

, seguido de

fimH

e os grupos

filogenéticos mais prevalentes foram os patogénicos B2 e D, tanto nas ITU da

mulher aparentemente sem fatores de risco na comunidade como nas ITU

hospitalares.

O grupo B2 mostrou-se relacionado com as citotoxinas α-hemolisina, CNF e ilhas de

patogenicidade PAI ICFT073 e PAI IICFT073, ferramentas importantes na virulência

dos isolados, verificando-se virulência associada a estirpes sensíveis aos

antibióticos normalmente recomendados em terapêutica empírica.

Quanto ao clone O25b-ST131, verificou-se que a sua não associação a ESBL do

tipo CTX-M foi significativa nos isolados da comunidade, enquanto que associado a

CTX-M-15 se verificou disseminado a nível nacional, em ambos os isolados do meio

hospitalar e comunitário, confirmando a emergência pandémica deste clone.

FERNANDES, Mariana Rafael (2015) Caracterização da internalização

de fármacos antileishmania e novos compostos por macrófagos

parasitados por

leishmania

spp.. Dissertação de Mestrado em Ciências

Biomédicas, IHMT, Lisboa

Devido às elevadas taxas de morbilidade e mortalidade, a leishmaniose é uma das

doenças parasitárias com maior impacto no Mundo. Um dos problemas associado

ao controlo das leishmanioses é a emergente resistência dos parasitas aos

fármacos usados clinicamente. A resistência de parasitas do género

Leishmania

aos

fármacos clássicos tem sido associada a bombas de efluxo, em particular aos

transportadores ATP-

binding cassette

(ABC) que conferem o fenótipo de MDR

(

multidrug resistance

). Com a eficácia dos fármacos clássicos comprometida, o

desenvolvimento de novos compostos com atividade antileishmania e a terapêutica

combinada parecem ser as melhores estratégias para o tratamento da leishmaniose.

A presente dissertação teve como objetivo principal caracterizar a internalização de

fármacos antileishmania clássicos e de novos compostos por promastigotas e

amastigotas axénicos de diferentes espécies de

Leishmania

e por macrófagos

parasitados, identificando vias e mecanismos que privilegiem a destruição do

parasita pelos fármacos, minimizando em simultâneo, qualquer ação nefasta na

célula hospedeira.O efluxo de diversos inibidores de bombas de efluxo (tioridazina,

promezina, prometazina, verapamil, ortovanadato de sódio e Phe-Arg Beta-

Naphthylamid) foi analisado em macrófagos e parasitas do género

Leishmania

por

um método fluorimétrico semi-automático que quantifica a acumulação de EtBr em

tempo real. Após a análise da toxicidade e eventual atividade antileishmania dos

inibidores de bombas de efluxo (EPI) foi caraterizada

in vitro

a internalização de

fármacos clássicos (antimoniato de meglumina e miltefosina) e de novos compostos

[ácido ursólico, chalcona (CH8), quercetina e a associação de ácido oleanólico e

ácido ursólico] em promastigotas axénicos e macrófagos. Os resultados obtidos