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Foram excluídas 37 amostras por conterem um teor de IgGs inferior ao limiar

estabelecido, ficando então a amostra de trabalho com 372 amostras de fluido oral.

Destas, 69 foram consideradas positivas, obtendo-se assim uma taxa de detecção

de anticorpos anti-HIV em amostras de fluido oral de HSH da Grande Lisboa de

18,5%.

Com o intuito de efectuar a amplificação do DNA proviral do HIV-1 eventualmente

presente nas células colhidas com o fluido oral, maioritariamente queratinócitos da

mucosa oral, recorreu-se a uma

nested

-PCR para amplificar um fragmento de 650

pb da região codificante da transcriptase reversa, no gene

pol

, realizando-se em

seguida uma clonagem em vector plasmídico, antes da sequenciação nucleotídica.

Nas 69 amostras testadas, obteve-se apenas três produtos de amplificação,

aparentemente específicos. Os resultados da pesquisa de regiões de semelhança

local contra as sequências depositadas nas bases de dados internacionais não

confirmaram, no entanto, a presença de DNA proviral do HIV-1 nestas amostras,

correspondendo antes a DNA genómico de bactérias da flora comensal humana dos

géneros

Streptococcus

,

Leptotrichia

e

Capnocytophaga

. Não foram encontradas,

portanto, quaisquer amostras de fluido oral positivas para a presença de DNA

proviral do HIV-1. Não se pode descartar a hipótese destas células não se

encontrarem efectivamente infectadas, não suportando uma infecção pelo HIV, o

que continua a ser controverso na literatura.

A estratégia experimental seguida é, seguramente, adequada para a implementação

de estudos de vigilância e monitorização de tendências evolutivas da epidemia pelo

HIV, dada a maior adesão dos indivíduos para a colheita de fluido oral,

comparativamente ao sangue, podendo ser aplicada a grupos populacionais de

difícil acesso, como os HSH, trabalhadores do sexo ou utilizadores de drogas por

via endovenosa.

COSTA, Liliane Peralta da (2015) Associação do tempo de residência

dos imigrantes em Portugal com o excesso de peso e a ingestão

alimentar. Dissertação de Mestrado em Saúde e Desenvolvimento,

IHMT, Lisboa.

A migração é um fenómeno do mundo globalizado, que coloca em evidência os

fenómenos de aculturação alimentar e transição nutricional. Ambos constituem

possíveis explicações para o aumento da prevalência do excesso de peso entre os

imigrantes, com o tempo de residência no país de acolhimento. O objetivo deste

estudo foi avaliar se existe associação entre o tempo de residência dos imigrantes

em Portugal e o excesso de peso e a ingestão de alimentos como fruta, hortícolas,

doces, sumos ou refrigerantes.

Os dados do presente estudo foram obtidos do 4º Inquérito Nacional de Saúde

(2005-2006), utilizando os respetivos ponderadores. A associação entre a variável

categórica independente (tempo de residência) e as variáveis de interesse, binárias

(excesso de peso, ingestão de fruta, de hortícolas e de doces, sumos ou

refrigerantes) foi estimada através de um modelo de regressão logística binária. Os