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A PNPase (

Polynucleotide phosphorylase

) é uma exoribonuclease homotrimérica

com actividade 3’-5’ e que para além de degradar RNA, também é capaz de

sintetizar caudas heteropoliméricas. Esta enzima tem sido implicada na virulência

em muitos patogénicos humanos, nomeadamente em

Salmonella, Dichelobacter

nodosus, Dickeya dadantii, Yersinia e Campylobacter jejuni. C. jejuni

é um

importante patogénico humano de origem alimentar e é considerado como a

principal causa de gastroenterite bacteriana em humanos em todo o mundo. No

entanto, a informação sobre o metabolismo do RNA em

C. jejuni

é limitada. Sabe-se

que a PNPase é essencial para a sobrevivência das células a baixa temperatura,

afecta a síntese de proteínas envolvidas na virulência e tem um papel importante na

motilidade, adesão das células/capacidade de invasão e colonização das aves.

Para compreender como a PNPase está envolvida na virulência é necessário fazer

uma análise bioquímica desta ribonuclease e ver como esta é influenciada por

factores físicos e químicos.

Neste trabalho caracterizámos a actividade bioquímica da PNPase de

C. jejuni

.

Sobre-expressámos e purificámos a PNPase, os mutantes PNPase_ΔS1 e

PNPase_ΔS1ΔKH de

C. jejuni

e testámos a sua actividade e capacidade de ligação

utilizando substratos de RNA sintéticos. Demonstrámos que a actividade da PNPase

é regulada em função da temperatura. Além disso, verificámos que as actividades

degradativas e de polimerização são altamente reguladas na presença de certos

metabolitos. Mostrámos também que os domínios KH e S1 da PNPase

desempenham um papel importante na ligação do substrato e na formação de

trímeros, com consequências para a actividade da proteína.

CLARO, Mafalda Sofia da Silva (2015) Análise da memória celular

hepática na infecção por

Leishmania infantum

. Dissertação de

Mestrado em Ciências Biomédicas, IHMT, Lisboa.

A Leishmaniose visceral é considerada uma doença tropical e subtropical

negligenciada que se apresenta como um grave problema para a saúde pública.

Leishmania infantum

é o agente etiológico responsável pela leishmaniose canina e

leishmaniose visceral humana. Durante a refeição sanguínea, o inseto vetor inocula

a forma promastigota do parasita no hospedeiro vertebrado que infeta órgãos ricos

em células mononucleares fagocíticas. Entre os órgãos alvo da infeção por

L.infantum

encontra-se o fígado. Este, embora seja considerado um órgão não

linfóide, é um alvo para a multiplicação de

L. infantum

e tem mecanismos efetores

únicos que contribuem para a eliminação direta do parasita, envolvendo a resposta

imunitária adaptativa. A resistência ou a suscetibilidade à infeção depende da

atividade das células T CD4+ e T CD8+ que após estímulo antigénico geram células

de memória A memória imunológica é a caraterística principal da resposta

adaptativa. As células de memória apresentam diferentes capacidades de

proliferação, migração, produção de citocinas e funções efetoras. A memória efetora

(TME) é constituída por células com capacidade de proliferação diminuta mas

capazes de ativar rapidamente as funções efetoras. Esta subpopulação celular está

envolvida na proteção imediata e encontrasse maioritamente nos tecidos não

linfóides. A memória central (TMC) é constituída por células que circulam

principalmente nos órgãos linfóides, expandem vigorosamente após o reencontro