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resultados foram apresentados sob a forma de OR para um nível de significância de

5%.

A população estimada de imigrantes adultos (≥ 20 anos) a viver em Portugal foi de

532 523. A prevalência de excesso de peso foi de 50,9%, dos quais cerca de 40%

eram mulheres e 60% homens. Quando comparados com os recém-chegados

(<1ano), os imigrantes a residir em Portugal há 15 ou mais anos foram os que

apresentaram maior probabilidade de ter excesso de peso (OR=1,8), de ingerir fruta

(OR=2,7) e hortícolas (OR=4,0). O aumento do risco de ingestão de alimentos ou

bebidas açucaradas com o passar dos anos em Portugal foi verificado apenas para

os imigrantes a residir no país há 10-14 anos (OR=1,3), enquanto para os que estão

em Portugal há 5-9 anos parece existir menor probabilidade de ingerir este tipo de

alimentos (OR=0,6). Todos estes resultados foram estatisticamente significativos.

Os resultados do presente estudo confirmam a associação entre tempo de

residência e excesso ponderal e ingestão de fruta e hortícolas, após ajustamento

para idade, sexo, região de origem e escolaridade. A estimativa de que metade dos

imigrantes em Portugal apresenta excesso de peso representa um sério risco para a

saúde pública. A investigação dos determinantes do excesso de peso destas

populações deve ser uma prioridade das políticas de saúde. No futuro, estudos

longitudinais serão necessários para identificar fatores causais de excesso de

peso/obesidade. Isso implica a recolha de dados na fase pré-migração, no momento

da migração e ao longo do tempo, no país de acolhimento. Essencial será também a

comparação dos resultados com os homólogos que ficaram no país de origem e

com a população autóctone. Estas medidas exigem uma abordagem mais ampla e

uma maior cooperação entre os países.

EUSÉBIO, Ana Sofia Sancho (2015) Determinantes genéticos de

virulência e de resistência aos antibióticos em isolados

uropatogénicos de

Escherichia coli

provenientes da comunidade e do

hospital. Dissertação de Microbiologia Médica, IHMT, Lisboa.

As infeções urinárias estão entre as infeções mais prevalentes sendo a

Escherichia

coli

o agente etiológico mais frequente.

Este estudo teve como objetivo verificar a existência ou não de correlação entre a

resistência aos antibióticos e a virulência dos isolados na comunidade e em meio

hospitalar.

Foram estudados 250 estirpes de

E. coli

de uroculturas de mulheres com idade ≤59

anos, provenientes de vários laboratórios da comunidade e 50 estirpes de

E. coli

de

uroculturas relacionadas com internamento hospitalar.

Foi realizado o estudo de suscetibilidade aos antibióticos assim como a pesquisa

dos genes de virulência

fimH, papC, ecpA, usp, hlyA

e

cnf1

, das ilhas de

patogenicidade PAI ICFT073 e PAI IICFT073, e a determinação do grupo

filogenético, pela técnica de PCR. Abordou-se a relação entre estirpes através de

métodos genotípicos como M13-PCR

fingerprinting

e MLST e finalmente estudou-se