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com o antigénio e estão envolvidas em respostas imunitárias secundárias e na

proteção de longa duração. O presente estudo teve como objetivo analisar a

dinâmica das subpopulações de células linfocitárias de memória central e efetora no

fígado de murganhos infetados por

L. infantum

, procurando identificar os fatores que

favorecem o estabelecimento de memória específica e duradoura. A combinação da

intensidade de fluorescência dos marcadores da superfície celular CD62L e CD127

permite diferenciar as subpopulações de linfócitos T efetores (CD62lowCD127low),

memória efetora (CD62LlowCD127high), memória central (CD62LhighCD127high) e

linfócitos T indiferenciados (CD62LhighCD127low). A compreensão do

estabelecimento de subpopulações de linfócitos de memória no fígado infetado por

L. infantum

contribui para a compreensão do processo de indução de proteção. No

geral, este estudo demonstra que a presença do parasita no tecido hepático não

tem efeito na dimensão das populações efetoras e que não promove a expansão

das subpopulações de células efetoras, indeterminadas ou de memória, apontado

para uma infeção tendencialmente silenciosa. Este estudo confirma ainda que a

subpopulação de células citotóxicas efetoras hepáticas encontra-se fortemente

regulada. Porém, as proteínas recombinantes de

L.infantum,

ciclofilina e superóxido

dismutase, parecem ser capazes de induzir a diferenciação e expansão de células

de memória, indicando um eventual potencial protetor. Após estudos adicionais

dirigidos à caraterização do estado de ativação prédeterminado das células de

memória é possível que estas proteínas venham a integrar uma vacina para a

leishmaniose visceral.

COROA, Cláudia André Figueiredo (2015) Detecção da infecção pelo

vírus da imunodeficiência humana (HIV) em fluido oral de homens

que fazem sexo com homens (HSH) da região da Grande Lisboa

Dissertação de Mestrado em Ciências Biomédicas, IHMT, Lisboa.

Segundo as estimativas do Programa Conjunto das Nações Unidas para o HIV/sida,

o número de pessoas infectadas pelo vírus da imunodeficiência humana (HIV), no

final de 2014, era de 36,9 milhões. Em termos de prevenção, o grupo dos homens

que fazem sexo com homens (HSH) constitui um alvo primordial de intervenção,

considerando as taxas elevadas de transmissão do HIV, associadas a

comportamentos sexuais de risco. A incidência da infecção nos HSH tem vindo a

aumentar nos últimos anos, nos países ocidentais, incluindo Portugal. Um dos

entraves ao diagnóstico da infecção e à implementação de programas eficazes de

vigilância consiste no facto destes implicarem, frequentemente, a utilização de um

método invasivo, a colheita de sangue, pelo que têm sido apresentadas novas

opções, baseadas em amostras biológicas alternativas, como o fluido oral.

Para a realização deste estudo de vigilância epidemiológica, no âmbito do projecto

europeu SIALON II, escolheu-se como população alvo indivíduos do sexo masculino

que reportam a prática de actividades sexuais com indivíduos do mesmo sexo,

realizando-se 409 colheitas de amostras de fluido oral na área da Grande Lisboa. A

pesquisa de anticorpos anti-HIV baseou-se num algoritmo de teste com recurso à

utilização sequencial de dois testes imunoenzimáticos de naturezas distintas. Nas

amostras inicialmente negativas, ou com resultados discrepantes, procedeu-se à

quantificação de IgGs totais no fluido oral, de modo a validar a sua qualidade.