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complementares para confirmar o papel destes alelos
ccrB
na estabilização das
cassetes SCC
mec
.
BOUÇA, Ana Vieira Neves (2015) Alimentação e actividade física em
adultos jovens, com e sem filhos, na Cidade da Praia em Cabo Verde.
Dissertação de Mestrado em Saúde de Desenvolvimento, IHMT,
Lisboa.
Nesta era da globalização, o processo de urbanização tem ganho terreno com o
aumento da densidade populacional nas cidades. Sobretudo nos países em
desenvolvimento, paralelamente ao desenvolvimento económico, tem-se observado
uma transição nutricional fruto da alteração dos padrões alimentares. Esta, por sua
vez, está associada a modificações no estado nutricional com consequente aumento
do índice de massa corporal (IMC), contribuindo para o excesso de peso/obesidade
juntamente com a inatividade física.
Segundo dados da Organização Mundial de Saúde (OMS), em 2007, em Cabo
Verde, foram relatados dados por sexo, onde se identificou que 43% das mulheres e
31% dos homens apresentavam excesso de peso, e que 15% das mulheres e 7%
dos homens apresentavam obesidade (African Health Observatory, 2010-2015).
Este estudo teve como objetivo explorar o padrão alimentar, o estado nutricional e a
atividade física (com foco no lazer) dos adultos jovens oriundos de zonas com
características urbanas formais e informais, dos bairros do Plateau, Vila Nova e
Palmarejo (unidades urbanas) da Cidade da Praia (Cabo Verde), destacando as
diferenças por género e consoante a presença ou não de filhos.
O presente trabalho está incluído no âmbito do projeto de investigação
“Planeamento Urbano e Desigualdades em Saúde: Passando das estatísticas macro
para as micro”
(PTDC/ATP-EUR/5074/2012)
, financiado pela Fundação para a
Ciência e a Tecnologia (FCT), envolvendo o Instituto de Higiene e Medicina
Tropical, a Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade Nova de Lisboa e o
Ministério da Saúde de Cabo Verde.
Foi selecionada uma subamostra de 753 adultos jovens (288 homens e 455
mulheres) entre os 18 e os 30 anos, que responderam a um questionário – UPHI-
STAT – elaborado especificamente para o projeto.
Neste estudo, os inquiridos desta faixa etária relataram fazer uma alimentação
variada, onde se destacou o consumo regular de carne/peixe/ovos, leguminosas,
farináceos, legumes e fruta, embora se tenham observado valores de excesso de
peso/obesidade de 24,5% nas mulheres, com um IC a 95%: ]20,2;29,5[, e de 19,6%
nos homens, com um IC a 95%: ]14,8;25,5[.
Quanto à prática de atividade física em lazer, registam-se discrepâncias por género.
Nos homens encontrou-se uma percentagem de prática de 68,8% - IC a 95%:
]63,2;73,8[ - e nas mulheres apenas 25,9% - IC a 95%: ]22,1;30,2[.
De acordo com os modelos de regressão logística múltipla para o excesso de
peso/obesidade, as variáveis com maior poder explicado foram a idade e o número
de filhos quer na amostra total, quer para homens ou mulheres. Para a prática de
atividade física em lazer, registou-se a significância das variáveis: sexo, idade,
habilitações literárias, número de filhos e o número de adultos no agregado.