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Apesar das limitações, a técnica LAMP é uma ferramenta promissora para o
diagnóstico laboratorial da Borreliose de Lyme.
PACHECO, Ana Carolina (2016) Caracterização da resposta
imunoinflamatória na coinfeção
Dirofilaria
spp. –
Wolbachia
spp. No
cão. Dissertação de Mestrado em Ciências Biomédicas em
especialidade em Parasitologia Médica, IHMT, Lisboa.
A Dirofilariose é uma doença zoonótica de dispersão mundial que infeta animais e
humanos por todo o Mundo e que tem vindo a aumentar os seus locais de
dispersão. É causada principalmente pelas espécies
Dirofilaria immitis
e
D. repens
.
Para o desenvolvimento e reprodução, estes parasitas necessitam de uma bactéria
Gramnegativa endossimbionte
Wolbachia
spp., encontrada na maioria das espécies
de filárias conhecidas. Sabe-se que a presença da bactéria no organismo do animal
está associada a uma resposta imunoinflamatória com ativação de citoquinas pró-
inflamatórias e aumento de imunoglobulinas específicas direcionando a resposta
inflamatória para Th1
e consequentemente aumentando a patologia.
O tratamento da dirofilariose canina, causada por
D. immitis,
consiste no uso de
fármacos antiparasitários que, em animais com elevada carga parasitária, podem
causa rreações adversas graves e fatais. A deteção atempada da presença da
bactéria no animal e o uso de antibacterianos pode prevenir estas reações,
aumentando a eficácia do tratamento e diminuindo a taxa de mortalidade.
O nosso estudo teve como principal objetivo caracterizar o perfil de resposta
imunoinflamatória durante a coinfeção
Dirofilaria-Wolbachia
spp. e identificar
potenciais biomarcadores preditivos da presença de
Wolbachia
spp. Para tal, 245
amostras de sangue de canídeos (originários de canis e associações de animais)
foram analisadas para a deteção de anticorpos do tipo IgG e subclasses (IgG1 e
IgG2) e da Proteína C-reativa (
CRP
) através da técnica de
Enzyme-linked
immunosorbent assay
(ELISA).
A nível da resposta humoral, anticorpos do tipo IgG e IgG1, os animais
coinfetados (
D. immitis-Wolbachia
spp.) apresentavam níveis séricos mais elevados
dos que os com infeção simples (apenas
D. immitis
) mas sem diferenças
significativas.
Perfil semelhante foi observado para os anticorpos do tipo IgG2. No entanto, em
relação à concentração da
CRP
, a coinfeção
Wolbachia
spp. induzia um aumento
significativo (Mann-Whitney,
P
<0,05) em comparação com a dos animais infetados
apenas por
D. immitis
o que reforça a potencial aplicação da
CRP
como
biomarcador de
Wolbachia
spp. em animais infetados por
D. immitis.
A sua deteção
pelo método enzimático ELISA
,
técnica de elevada sensibilidade e de fácil
execução, é uma vantagem adicional, uma vez que poderá fornecer um resultado
fiável e rápido, informação relevante para o médico Veterinário para a abordagem
terapêutica nos animais com dirofilariose.