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agrupadas com HAdV-B, -C, -D e -E, são filogeneticamente muito afastadas
podendo vir a constituir uma nova espécie. Relativamente aos AdVs dos macacos
do Velho Mundo, as suas sequências surgem dispersas nas árvores filogenéticas
dentro dos agrupamentos de HAdV-G e da recém-proposta SAdV-E ou ainda como
ramos isolados que poderão corresponder a novos tipos ou mesmo espécies. Os
AdVs identificados em saguins-imperador são filogeneticamente próximos do AdV
previamente isolado de macacos-titi, outra espécie de macaco do Novo Mundo.
Finalmente, foram obtidas pela primeira vez sequências nucleotídicas de AdVs de
lémures, que se posicionam separadamente da árvore evolutiva dos AdVs de
primatas, formando um aprupamento com sequências de AdVs de uma variedade
de outros mamíferos, incluindo suínos, ovinos e equinos.
O tamanho das sequências nucleotídicas de AdVs analisadas é limitativo para a
classificação inequívoca de muitos AdVs identificados, pelo que sequências
completas dos genes alvo ou de genomas completos deverão futuramente ser
obtidas. Paralelamente à deteção de genoma viral, as amostras fecais esterilizadas
por filtração foram inoculadas em culturas contínuas de células humanas (A549), no
caso dos grandes símios, de macaco-verde-africano (Vero E6), para as restantes
espécies, ou ainda em células de suíno (PK15) para AdVs de lémures após análise
filogenética. Obteve-se replicação viral para muitos dos AdVs potencialmente mais
interessantes (
e.g.
eventuais novos tipos ou espécies), facto relevante para a
sequenciação e caraterização dos respetivos genomas, bem como para a sua
potencial utilização como vetores.
MACHADO, Catarina Raquel Adrião (2016) Rastreio neonatal de
infecção citomegálica. Dissertação de Mestrado em Microbiologia
Médica, IHMT, Lisboa.
O vírus citomegálico humano (CMV) é o principal agente de infeção congénita. Em
Portugal, os estudos publicados apontam para uma prevalência desta infeção entre
0,7% e 1,1%. A importância do rastreio desta infeção é reconhecida desde há vários
anos, mas as condições para a sua realização, de forma que seja técnica e
economicamente viável, ainda não estão reunidas. A metodologia de
pools
de urina
descrita por uma equipa portuguesa, revelou uma correlação total com os resultados
obtidos pelo método de referência, a cultura celular, e permite uma redução
bastante significativa, quer nos tempos de execução quer nos custos em reagentes,
abrindo assim a possibilidade efetiva de utilizar esta técnica para o rastreio da
infeção congénita.
Este estudo tem como primeiro objetivo rastrear recém-nascidos do Hospital da Luz
e Maternidade Alfredo da Costa num determinado período de tempo, no sentido de
determinar a prevalência da infeção congénita por CMV nessa população. O rastreio
tem como base a utilização de
pools
(20 urinas) e a deteção de DNA viral por PCR
em tempo real. As 20 urinas de cada
pool
positiva são posteriormente testadas
individualmente. O segundo objetivo deste trabalho foi a deteção de carga viral de
CMV, por PCR em tempo real, a partir de uma fralda com urina CMV positiva.