![Show Menu](styles/mobile-menu.png)
![Page Background](./../common/page-substrates/page0020.png)
adjuvantes. Dentro destes, a redução da CMI do EtBr, um substrato comum de
bombas de efluxo, em conjunto com ensaios fluorométricos, são utilizados para
distinguir potenciais inibidores de efluxo. Efeitos de sinergismo entre os restantes
potenciais adjuvantes e os antibióticos são avaliados por ensaios de “checkerboard”.
O modelo foi testado utilizando os compostos de referência clorpromazina,
tioridazina e verapamil. Como esperado, o verapamil demonstrou ser o inibidor de
efluxo mais eficaz, enquanto a clorpromazina e tioridazina apresentaram atividade
antimicobacteriana e de inibição de efluxo moderadas. De seguida, o modelo foi
aplicado a três novos compostos, um fenilimidazolo (Q-15.252), que apresentou
apenas atividade antimicobacteriana moderada e dois tiazoisoxazolos (EA156 e
EA160), que apresentaram atividade inibitória de efluxo, que no caso de EA160, foi
superior à do verapamil.
Em conclusão, o modelo desenhado permite um rastreio rápido e económico de um
elevado número de compostos em condições de biossegurança e a identificação de
potenciais antimicobacterianos ou inibidores de efluxo, como o composto EA160.
LOURENÇO, Nicole Rodrigues (2016) Deteção e caracterização de
adenovírus em amostras fecais de primatas não humanos em
cativeiro. Dissertação de Mestrado em Ciências Biomédicas,
especialiadade Biologia Molecular em Saúde Tropical e Internacional,
IHMT, Lisboa.
Os adenovírus (AdVs), vírus de genoma de DNA, sem invólucro e com simetria
icosaédrica, infetam uma ampla gama de hospedeiros vertebrados. Os AdVs de
primatas pertencem ao género
Mastadenovirus
distribuindo-se pelas espécies A a G
humanas (HAdV-A a -G) e A símia (SAdV-A). Nos últimos anos, a vetorização de
AdVs de primatas não humanos (PNH) para utilização em vacinas, terapia génica e
oncoterapia estimulou o seu estudo e resultou na descoberta de novos vírus com
relações filogenéticas complexas entre si e com os AdVs humanos e, nalguns
casos, associados a transmissão zoonótica.
Neste estudo, 128 amostras fecais de 34 espécies de PNH assintomáticos (grandes
símios, macacos do Velho Mundo, macacos do Novo Mundo, gibões e lémures) do
Jardim Zoológico de Lisboa foram testadas relativamente à presença de AdVs
através da amplificação, por
nested
-PCR, de duas regiões conservadas dos genes
da DNA polimerase (DNA-Pol) (~650 pb) e do hexão (~380 pb). Em 82,8% das
amostras foram detetados amplicões com o tamanho esperado para pelo menos um
dos genes. A análise filogenética de 13 sequências da DNA-Pol e 24 sequências do
hexão revelou uma grande diversidade genética dos AdVs detetados refletindo a
variedade de espécies dos hospedeiros. Com base na análise filogenética,
classificou-se tentativamente os AdVs de chimpanzés nas espécies HAdV-C e -E e
de gorila e orangotango na HAdV-B. Quando sujeita a análise de recombinação por
bootscanning
, uma sequência de DNA-Pol muito divergente de AdV de chimpanzé
revelou um evento raro de recombinação interespecífica envolvendo HAdV-B e -E.
As sequências de AdVs de gibões, aqui identificados pela primeira vez, apesar de