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PCR (nas amostras positivas na primeira abordagem), usando

primers

(G1 e G2),

desenhados no gene

secY

, presente em algumas espécies patogénicas de

Leptospira

; e

iii)

uma outra

nested

-PCR, com

primers

obtidos do gene

lipL32

codificante da proteína de superfície com o mesmo nome, comum a todas as

leptospiras patogénicas. Foram sequenciados alguns dos produtos amplificados, e

os resultados foram analisados por BLAST quanto à similaridade com sequências

depositadas no

GenBank

para as espécies de

Leptospira.

Foi detetado DNA de

Leptospira

spp., em 41 amostras, das quais 28 (68,3%)

corresponderam a leptospiras patogénicas, tendo a maioria revelado uma elevada

similaridade (98 - 99%) com a espécie

Leptospira interrogans

.

Os resultados obtidos mostraram a presença inequívoca de leptospiras patogénicas

nas coleções de água doce na região de Leiria, establecendo um alerta para as

Autoridades de Saúde locais, no sentido da intervenção na melhoria da qualidade

da água de modo a prevenir-se o risco de Leptospirose.

CALADO, Joana Lourenço Messias Calado (2016) Perfil de resistência

aos antibióticos e caracterização molecular de estirpes resistentes de

Neisseria Gonorrhoeae

e isoladas numa população de homens que têm

sexo com homens da área Metropolitana de Lisboa. Dissertação de

Mestrado em Microbiologia Médica, IHMT, Lisboa.

A infeção por

Neisseria gonorrhoeae

é a segunda infeção sexualmente

transmissível mais prevalente na Europa. Atualmente, a terapêutica indicada para o

tratamento da infeção por

N. gonorrhoeae

consiste na administração de ceftriaxona

em combinação com a azitromicina. No entanto, foram relatadas falhas terapêuticas

após a administração de cefalosporinas de terceira geração, a nível mundial.

A inexistência de uma alternativa à terapêutica de primeira linha, adequada e eficaz,

torna imperativo a realização de vigilância epidemiológica de resistências, sobretudo

nas populações de risco, como os homens que têm sexo com homens (HSH).

O conhecimento abrangente sobre a base genética associada a perfis de

suscetibilidade e resistência aos antibióticos tem elevada importância, uma vez que

os testes de amplificação de ácidos nucleicos estão a substituir rapidamente o

método de cultura no diagnóstico de infeção por

N. gonorrhoeae

.

O teste de suscetibilidade aos antibióticos foi realizado para a penicilina, a

tetraciclina, a espectinomicina, a ceftriaxona, a cefixima, a ciprofloxacina e a

azitromicina, através dos métodos difusão em disco e Etest, de forma a obter-se o

fenótipo de resistência de cada isolado de

N. gonorrhoeae

em estudo. Com base no

fenótipo de resistência, pesquisou-se a presença de mutações nos genes

penA

,

mtrR

,

parC

e

gyrA

.

Assim, na população estudada (homens que têm sexo com homens) obtiveram-se

30 culturas positivas para

N. gonorrhoeae,

das quais 73% apresentaram resistência

intermédia ou resistência à penicilina, 60% à tetraciclina e 37% à ciprofloxacina.

O reduzido número de casos positivos não permitiu retirar conclusões com valor

estatístico quantitativo, no entanto, qualitativamente, permitiu compreender que as